Esta é a grande peregrinação do século, a peregrinação do Homem vestido de branco. Este, o grande acontecimento da era da pandemia.
Esta é a corajosa viagem do Homem vestido de branco, onde a sua fé, a sua esperança e determinação estão patentes.
Esta desmedida coragem do Homem vestido de branco que, apesar da sua idade, da sua débil saúde, em plena pandemia, não teme e vai ao encontro dos que foram ferozmente e barbaramente atacados, espoliados dos seus bens e onde muitos perderam a vida por não romperem com a sua Fé.
Não merece parangonas na nossa ilustre comunicação social, não abre telejornais, não se ouvem comentadores.
Nada disso importa, importa, sim, encarar esta viagem como uma grande lição para o mundo, fechado em si, sem portas nem horizontes, que Francisco teve a coragem de abrir e chegar à terra de Abraão para dar testemunho ao mundo do significado do verdadeiro Ecumenismo e Fraternidade.
Pobre e servil comunicação social, sempre aberta aos populismos, racismos e outros que tais e não pára para reflectir e tentar transmitir a verdadeira mensagem desta viagem. Que pena, que neste cantinho tão fustigado por ódios, corrupção e compadrios não se pare um pouco e não se transmita ao povo este grande momento histórico.
Nesta viagem relâmpago do Homem vestido de branco, ele envia ao mundo uma mensagem de coragem, de paz, e reconciliação. Diariamente nascem propostas de destruição dos valores morais e humanos, que este Homem procura valorizar e enaltecer.
O Homem vestido de branco é a estrela que brilha, que apela à compreensão e reconciliação que tantos ouvem, mas poucos compreendem. Ele é o peregrino da Paz e da Esperança para um Mossul devastado pelo Daesh, para consolo do povo yazidi, que tanto tem sofrido com perseguições sucessivas, ele é o interlocutor atento de Ali al-Sistani, líder dos xiitas.
È preciso e urgente que neste pequeno rectângulo se perceba, neste momento, que o Homem vestido de branco faz uma longa e perigosa viagem em termos de segurança, com o fim de incentivar o fraterno diálogo inter-religioso.
Este peregrinar ao antigo berço da civilização significa a preocupação profunda de ajudar a pacificar uma sociedade devastada pela guerra e um apelo a Ali al-Sistani para que ajude os cristãos a voltarem às suas casas, às suas cidades, aos seus campos de onde fugiram para salvarem vidas.
Ele é o verdadeiro Peregrino da Paz e da Esperança que pede, como Abraão, que é preciso caminhar na esperança e nunca deixar de contemplar as estrelas.