Nem sempre é fácil a relação da Igreja com os meios de comunicação social. Às vezes, reconheça-se, por culpa da própria entidade eclesial, quando não se expressa da melhor forma; mas, geralmente, é porque a mensagem cristã é deturpada no modo como é veiculada por alguma comunicação social.

Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com as palavras proferidas pelo Papa, na primeira audiência geral deste ano. Como muito bem apurou André Abrantes Amaral, Francisco, no passado dia 2, disse: «Quantas vezes vemos o escândalo criado por aquelas pessoas que vão à igreja e ficam lá todo o dia, ou vão lá todos os dias, e depois vivem odiando os outros, ou falando mal das pessoas. Isto é um escândalo! É melhor não ir à igreja: vive assim, como ateu. Mas, se vai à igreja, viva como filho, como irmão, e dê um verdadeiro testemunho, não um contratestemunho».

O sentido óbvio das palavras do Papa Francisco é o de que a vida cristã não se resume a umas quantas práticas piedosas, mas exige um comportamento coerente com os princípios e valores cristãos e, portanto, quem não queira assumir essas exigências, melhor é que não se engane a si próprio, indo à igreja e repetindo umas quantas orações, porque não é por isso que é cristão.

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