Coitados dos coitadinhos dos portugueses que são pobres e não têm forma de escapar à pobreza se não for o enjeito de uns quantos e míseros subsídios perpetuarem a penúria e que pouco ou nada conseguem fazer para os arrancar do torpor de querer algo mais, pois se o fizerem ficam impedidos de aceder aos ditos cujos como uma pescadinha de rabo na boca do preso por ter cão e preso por não ter.
No Luxemburgo refugia-se uma comunidade portuguesa vibrante, perto de 20% do total da sua população residente, muitos já com filhos e até netos criados e nascidos no país, e que nos últimos anos tem recebido tantos dos nossos licenciados entre outros jovens dotados das mais variadas profissões, pelo que temo-nos de perguntar quão bom seria se conseguíssemos replicar o que por lá se faz, pois parece resultar e funcionar.
O país é pequeno, muito organizado, perto de tudo, e com um ritmo empreendedor que está a atrair capital de tantos outros investidores interessados na bonança e no valor que por lá se cria, pois apesar de o custo de vida ser caro, em especial a habitação, não há quem viva sem o mínimo de dignidade.
No Luxemburgo onde o salário mínimo ronda os 2500 euros, isento de IRS, o Estado luxemburguês já percebeu que mesmo assim é curto para muitos poderem aceder a uma vida digna, pelo que os rendimentos individuais até 39 mil euros ou de casal até 70 mil euros anuais podem ter acesso a um subsídio de renda de 200 e 400 euros mensais. Aqui os subsídios não são esmolas, e são atribuídos a indivíduos cujos rendimentos em Portugal são taxados já em escalões de IRS de classe média.
Se quiseres estudar dentro do Luxemburgo em regime pós laboral o Estado, para além de cobrir os custos, oferece mais um incentivo para o esforço de quem se quer desenvolver, e também independentemente do rendimento.
Para incentivar a natalidade o Estado oferece a todos os residentes sem exceção, mesmo para os mais abonados, 250 euros por filho, e para famílias numerosas uma isenção adicional para despesas da casa como água, luz e aquecimento, para além de uma rede de creches universal para todos e em todos os lugares.
O Luxemburgo está provido de escolas públicas dignas de um filme de ficção cientifica, assegurando educação gratuita para todos, nos 3 idiomas nacionais, e tudo dentro de um orçamento do Estado rigoroso com os funcionários públicos estritamente necessários e pagos muito acima da média. Funcionalismo público, diga-se, de acesso restrito aos nacionais nascidos no país.
Como exemplo no Luxemburgo a um professor do ensino primário em inicio de carreira oferece-se um salário de entrada de 100 mil euros por ano, mas livrem-se os espertos, pois para o conseguirem necessitam de ser continuamente sujeitos ao escrutínio e a seleção rigorosa, pois só os melhores e com vocação acabam por ser selecionados: os luxemburgueses só entregam os seus tesouros, os seus filhos, aos melhor preparados e capazes do funcionalismo público.
Daí que no Luxemburgo, os seus cidadãos ambicionem ser funcionários públicos, pela remuneração certamente, mas sobretudo pelo prestígio e por se sentirem realizados em servir a sua nação com orgulho e sentido de missão.
No Luxemburgo, o incentivo está no emprego e não no desemprego, no subemprego e nos baixos salários funcionando como um impulsionador para quem trabalha e para quem emprega.
Em Portugal o recipiente da bondade dos outros sabe, que ao aceitar qualquer das “esmolas” do Estado Social é como pactuar com o Diabo, pois a sua dignidade vai-se esvaindo ao ponto de a vergonha o levar à dissimulação, ao engano e ao desânimo de ter caído na condição de coitadinho, indo ficando cada vez mais impedido de se mexer por cá, conquanto cogitar em emigrar para outras paragens como por exemplo….o Luxemburgo.
Ninguém quer ser coitadinho. Ninguém gosta de ser coitadinho. Os portugueses não são coitadinhos e não gostam de coitadinhos. Os coitadinhos detestam ser coitadinhos, e este Povo que adoramos porque sofre e é bom, merece ser muito mais bem tratado do que tem sido, tenhamos discernimento para saber para onde nos queremos dirigir.
Os políticos de esquerda, do PSD ao Bloco gostam de tratar os portugueses como coitadinhos. Acham que os portugueses são incapazes de se governar e o Estado todo o poderoso tem de tomar conta deles
Estado esse, cada vez mais gordo e anafado, apesar do descalabro a vista de todos e dos 750 mil funcionários públicos, mais 90 mil dos existentes em 2015, e que nos levam a perguntar como é possível? Pois há falta de médicos, de enfermeiros, de professores, de bombeiros, de funcionários judiciais, de juízes, de procuradores, de tudo e mais não sei quê. Onde raio andam eles que são tão precisos e que ninguém sabe por onde andam?
Se não fossem todas as tramoias em arranjar uns dinheirinhos para todos os que vivem com dificuldade, comprando-lhes os votos a troco da condição, teríamos quase 50% de pobres em Portugal. É Obra! Até nisso ficámos reféns do esquema montado pelos partidos das esquerdas, sobretudo o PS, mas também o PSDois.
Transformaram os portugueses em coitadinhos, dando-lhes esmolas em forma de abonos perpetuando o seu estatuto de coitadinhos e tirando demasiado aos poucos que conseguiram ter a paz o pão, educação e habitação e que ainda produzem, no IRS e no IRC, nas taxas e taxinhas e no IVA, guiando todos paulatinamente à condição de coitadinhos.
Salvaguardam-se assim 50% de sobreviventes estoicos que já não sabem bem para onde se virar, conquanto uns quantos até se podem considerar privilegiados pelo pouco que conseguiram amealhar e que até medo têm de alguma vez o demonstrarem.
Prospera uma casta política cada vez mais gorda que vive duma engrenagem de eleitos do regime e tomados pelos rentistas do orçamento de Estado numa porta giratória que tudo controlam de forma a se enriquecerem pelo engenho que criaram, fazendo crer à plebe ignara que estão a velar pelos interesse da nação encobrindo que sobretudo o fazem pelos seus interesses pessoais.
Deus nos livre se forem para a frente com a Regionalização: imaginem toda uma nova casta política que nascerá dai, mas sobretudo da nova vaga de impostos que dai advirá…..
Comecemos por mudar o paradigma e deixar de taxar em sede de IRS quem quer que ganhe até aos 2500 Euros mensalmente (o salário mínimo no Luxemburgo), atualmente taxado como se já se tivesse atingido o patamar de milionário.
Acabemos com as derramas estaduais e municipais e o IRC agiota para permitir aos milhares de portugueses empreendedores e que nos empregam para além do Estado, de se alavancarem e não terem medo nem vergonha de existir, e desta forma também podermos atrair investimento nacional e estrangeiro de que precisamos como de pão para a boca.
Reduzamos o IVA de centenas de bens que são de primeira necessidade e taxados como produtos de luxo.
E finalmente temos de baixar substancialmente ou abolir muitas das taxas e taxinhas que impõe ao nosso dia a dia de sobrevivência nacional e que atinge sobretudo os mais pobres.
Por exemplo, mimetizem o imposto sobre os combustíveis como está estabelecido no Luxemburgo (o país mais rico da Europa com a gasolina mais barata da Europa) e iríamos começar a ver espanhóis a virem abastecer-se ao interior de Portugal, e como o IVA também baixaria, seria vê-los a abastecerem-se nos nossos supermercados do que é nacional e é bom!
Podemos começar por alargar o IRS jovem, uma excelente ideia, a todos os portugueses, acabemos com as derramas e baixemos os impostos abjetos sobre as empresas e baixem o IVA e vão ver o impacto imediato em toda a economia que se ajustará muito rapidamente, compensando em menos de 1-2 anos a perda de rendimento do Estado no seu impacto imediato, pelo crescimento económico e também pela diminuição exponencial de subsidiar esmolas a milhões de portugueses pelo caminho, pois desta forma criamos as condições de cada qual em liberdade poder seguir o seu desígnio e libertando-nos das amarras da (In)Justiça Social. Façam as contas a cada ponto percentual de crescimento económico a todas estas medidas…
Façam isto, em vez de andarmos a aumentar todo o tipo de esmolas em 1 a 2% para todo o tipo de beneficiário do Estado Social e pensionista, comprando-lhe o voto de forma estúpida, porquanto tantos querem ser os protagonistas destas propostas que vão todos querer ficar com os créditos quando formos a votos em 2025.
Devolvam aos portugueses a dignidade que merecemos e deixem de nos tratar como coitadinhos, porque não somos, nunca fomos e nunca seremos, e precisamos que os políticos nos deixem trabalhar e que o fruto do nosso trabalho deixe de ser extorquido por uma classe que não acredita em nós, em nome da chamada (In)Justiça Social, para se servirem a eles e a uns quantos rentistas do regime.
Não tenhamos medo de existir e acreditemos no nobre povo, nação valente e imortal.