Vivemos tempos diferentes, impensáveis, imperdoáveis.

Ninguém me contou, mas também não me parece que publicamente alguém tenha relatado, apesar das queixas. Daí este artigo.

No passado dia 22 de dezembro, depois de notificado e de ter dito SIM à nova vacina para prevenir a COVID 19, ao início da manhã, desloquei-me ao regimento de transmissões do Porto para me entregar à vacinação.

Sucede que não pude entrar. O militar de serviço, com um certo embaraço, informou-me que ficava sem efeito.  O quartel militar encontrava-se sem energia, embora estivessem os serviços, nomeadamente, a E Redes com viaturas ao portão a tentar solucionar o problema. De notar que o​ Regimento de Transmissões apronta o Batalhão de Transmissões e a Companhia de Guerra Eletrónica.

Uma estrutura vital, onerosa, com afetação de inúmeros e dispendiosos meios, sem poder cumprir a sua missão que, neste caso, abrangia também tarefas quanto à vacinação Covid 19.

Poucos dias antes, o ativo ministro dos negócios estrangeiros, João Gomes Cravinho, assegurou em Paris que Portugal vai enviar geradores, aquecedores e lâmpadas LED para a Ucrânia, para contribuir para o novo mecanismo de coordenação da ajuda ao país sob ataque da Rússia. Geradores, portanto, não faltarão ao quartel. Então o problema será combustível, ou de que natureza?

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De organização é de certeza, já que em tempo não fui prevenido da inoperacionalidade… Acresce que, não tive qualquer palavra das instituições e, até à data, não fui novamente chamado.

Com a falta assinalada não estará a ser colocada em causa a verdadeira necessidade das vacinas, a ser fomentada desconfiança quanto a problemas de saúde que podem vir a ocorrer com as “vitimas”, já para não falar no que terá, eventualmente, sucedido à boa qualidade das dispendiosas vacinas?

Não sendo negacionista não me conformo com a negação da vacina!

Gostava de poder dizer quanto ao quartel: “Está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”!

Infelizmente, não posso.

Como nos ensina a divisa do Regimento de Transmissões: “Sempre Melhor”! É para aí que devemos marchar!

Porto, 30 de dezembro de 2022