Estamos a entrar nas festas e pouco disponíveis para pensar nos desafios que uma nova crise nos pode colocar. Mas vale a pena olhar para os últimos números e preparar-nos, tanto quanto nos for possível, para a eventualidade de uma nova crise estar à porta. Ainda nesta quarta-feira o Banco de Portugal, no seu relatório de Estabilidade Financeira alerta para o agravamento do risco que maior impacto negativo poderá ter sobre a economia portuguesa: a subida dos prémios de risco, leia-se, o aumento das taxas de juro de financiamento do país.
Durante os últimos seis meses não se dissiparam, bem pelo contrário, as possibilidades de ocorrência de eventos que se traduzem em menos crescimento económico ou menos confiança dos investidores – factores que terão, inevitavelmente, como consequência maiores dificuldades de acesso ao financiamento por parte de Portugal. “O elevado nível de endividamento num contexto de baixo crescimento potencial continua a constituir uma das principais vulnerabilidades da economia portuguesa”, alerta o Banco de Portugal.
Em termos globais, a área do euro está hoje financeiramente mais vulnerável do que há pouco mais de uma década, quando a “Grande Recessão” começou a fazer o seu caminho. Foi em 2007 que o mercado imobiliário norte-americano começou a colapsar e fez cair o castelo de cartas construído pela banca norte-americana – e imitado por boa parte dos seus parceiros europeus.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.