É alarmante e profundamente revoltante que em pleno século XXI, regimes como o do Irão utilizem execuções em massa como forma de silenciar a oposição e perpetuar o poder pelo Medo de Estado. Só na última semana, 43 pessoas foram enforcadas. Qual foi o seu crime? Serem opositores do regime dos mullahs. Este é um exemplo claro do que acontece quando a repressão de um Estado violento e autoritário veste a farda da “Justiça”. E, contudo… Onde está a reacção da comunidade internacional?

A ONU, sob a liderança de António Guterres, parece cada vez mais silenciosa frente a estas atrocidades. Não há sanções internacionais contundentes, não existe um boicote económico efectivo ou acções fortes que pressionem o Irão a rever estas práticas desumanas. Onde estão os activistas que enchem as redes sociais em defesa de causas nobres, mas que parecem não notar a brutalidade em curso no Irão? O seu silêncio é ensurdecedor.

Recentemente, a HRANA denunciou que entre outubro de 2023 e outubro de 2024, 811 execuções foram realizadas no Irão, num aumento de 23% em relação ao ano anterior. Estas execuções, muitas vezes em segredo, mostram um padrão claro de abuso dos direitos humanos. Onde estão os defensores do “Free Palestine”, os críticos do “imperialismo”, que constantemente pedem boicotes a outros países? Será que a luta pelos direitos humanos é selectiva e que o povo iraniano não merece este apoio?

Sublinhe-se que 71,64% destas execuções no Irão nem sequer foram oficialmente divulgadas. Isso não é apenas um problema interno do Irão; é um fracasso da comunidade internacional em exigir transparência e responsabilização. Enquanto isso, o Tribunal Internacional permanece inactivo. Onde estão as condenações? As execuções são feitas em segredo, mulheres e menores de idade são mortos, e a resposta global, da ONU, da Europa e de Portugal? Silêncio. Nem um simples tweet indignado.

No que concerne às execuções e à repressão sobre o seu próprio povo, o que estamos a assistir é a um fracasso monumental das instituições e dos movimentos que afirmam lutar pela justiça e pelos direitos humanos. O relatório da HRANA é um grito de alerta para que o mundo acorde do seu torpor. Não podemos permitir que a República Islâmica continue a violar direitos humanos impunemente. É preciso agir antes que mais vidas sejam perdidas. Ontem.

Para ajudar os iranianos que têm as suas vidas em risco no Irão:
https://movimentodemocratizacaopartidos.org/2024/07/28/vistos-humanitarios-uma-solucao-para-a-crise-migratoria-e-a-proteccao-de-refugiados-em-portugal/

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR