Concorrem às eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho dezassete partidos e coligações, o mesmo número que em 2019: Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), PS, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV/ID), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Em 2019, o PS elegeu nove deputados, o PSD seis, o Bloco de Esquerda dois, o PCP dois, o CDS e o PAN elegeram um deputado. Cinco anos se passaram, os ventos da mudança sopram do norte e a situação no dia 9 de junho pode ser diferente.

Dos dezassete candidatos às eleições europeias, apenas cinco são mulheres e quatro dos doze homens têm menos de quarenta anos.

Alguns partidos optaram por investir na atração do voto das mulheres, outros na renovação dos seus cargos de liderança, para atrair  os eleitores jovens, renovar as figuras políticas e assim por diante para reformar o círculo eleitoral e permanecer no poder. A minha previsão: um equilíbrio entre a  AD, PS e Chega, mas deixando de fora os grupos mais pequenos, os representantes ficarão distribuídos entre AD, PS e Chega, seguindo-se a Iniciativa liberal. Os partidos PAN e PCP não terão  representação no Parlamento Europeu.

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As minhas previsões baseiam-se numa análise abrangente das várias eleições que ocorreram, e mencionarei aquelas que me inspiraram, as eleições parlamentares realizadas em 2 de abril de 2024 na Finlândia.

“Com as urnas fechadas e 99,4% dos votos contados, os resultados preliminares das eleições na Finlândia mostram a vitória do Partido da Coligação Nacional, que conquista 20,8% dos votos, que representam 48 assentos parlamentares. A proximidade dos três principais partidos manteve os resultados incertos ao longo da contagem.”  noticiou o Jornal Expresso .

Na Finlândia os três partidos mais votados foram obrigados a negociar e os pequenos partidos deixaram de ter expressão ficando reduzidos.

Voltando às eleições europeias, acredito que os resultados da Aliança Democrática, do Partido Socialista e do Partido Chega podem ficar equilibrados.  A AD terá sete deputados, o PS com seis deputados , o Chega cinco deputados.

O IL terá um ou dois deputados, embora eu ache que o Bloco de Esquerda possa eleger um. A cabeça de lista do Bloco de Esquerda é muito popular.

No final, o panorama da Europa vai mudar, se o vento vem do norte ou de desnorte, não sei, mas as forças políticas devem optar pela conciliação construtiva para ultrapassar os desafios da transição energética e digital e na manutenção da paz em solo europeu.