Nos EUA, o bilionário Elon Musk fez um desafio à política Alexandria Ocasio-Cortez (AOC), num inquérito cujos resultados sugerem que as pessoas desconfiam muito mais dos políticos do que dos bilionários. Daí se conclui que a maioria das pessoas, valoriza empresários que criam empresas inovadoras e milhares de empregos qualificados bem pagos, mas desvaloriza políticos de esquerda que acham que o suor do esforço alheio é para confiscar em impostos cada vez mais altos.
Na esquerda portuguesa temos muitos clones de AOC, desde o bloco de esquerda ao governo socialista por este inspirado ideologicamente. Por exemplo, Mariana Mortágua, tal como a sua congénere americana em suposto nome da maioria do povo que não confia nela, desconvidou recentemente Musk a vir para Portugal, afirmando ameaçadoramente que lhe exigiria impostos. Pela sua expressão não verbal enfurecida contra empresários que poderiam criar milhares de bons empregos inexistentes em Portugal, que tanta falta fariam ao mais de um milhão de Portugueses que emigrou desde o início do século, assumimos que Mortágua taxaria Musk muito mais cá do que ele já paga na américa. Este empresário só no ano passado pagou quase 10 mil milhões de euros em impostos aos EUA. A bloquista provavelmente aumentar-lhe-ia o garrote de impostos até todas as empresas que este impulsionou desaparecerem e com elas todos os bons empregos. O salário médio de um trabalhador numa das empresas de Musk, a Tesla, são quase 100 mil euros anuais e trabalham lá cerca de 100 mil trabalhadores. Contas rapidamente feitas, por ano são quase 10 milhares de milhões de euros gerados em salários e mais outros 10 milhares de milhões de euros em impostos pagos por Musk. Enquanto os nossos governantes não aprenderem que impostos altíssimos não criam riqueza, pelo contrário, nunca os bilionários americanos cá investirão e continuaremos a hemorragia de jovens portugueses talentosos, qualificados e cheios de vida produtiva pela frente para darem a outros países.
Analisemos um dos principais destinos das centenas de milhares de portugueses que fogem do nosso regime fiscal, a cada novo governo de esquerda. No Reino Unido, só quem ganhar mais de 175,000.00 euros anuais é que atinge o escalão mais alto de 45% de IRS; já em Portugal “basta” ganhar menos de um terço disso, 48,034.00 euros anuais, para estar no mesmo escalão dos “ricos.” Em contrapartida, quem ganhar isso no Reino Unido só está no escalão dos 20%. Ou seja, em salários equivalentes os Portugueses pagam mais do dobro em impostos que os ingleses. Nos salários mais baixos passa-se a mesma extração fiscal em Portugal completamente anormal noutros países europeus. Quem ganhar uns meros 10 mil euros paga taxa normal de IRS de 23%. Na Inglaterra quem ganhar isso não paga impostos nenhuns. Alem disso, não é só sobre os rendimentos que os nossos impostos são mais do dobro. No reino unido, quem comprar a primeira residência principal na Inglaterra por 300 mil euros não paga imposto ao Estado nenhum. Em Portugal quem comprar residência principal por esse valor paga mais de 10 mil euros em Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT). Até uma casa de 150 mil euros cá custa quase 2 mil euros em IMT enquanto na Inglaterra nada.
Não é assim surpreendente que 95% dos engenheiros web formados pelas universidades portuguesas não ficam em Portugal quando acabam o curso, precisamente devido ao nosso regime fiscal (). Estes jovens engenheiros saem logo para países que não lhes sacrifiquem o ordenado de forma tão violenta, punindo-os pela qualificação e capacidades numa atividade profissional útil e de futuro. Igualmente, há cinco anos que não emigravam tantos médicos. São cerca de 100 médicos a sair por ano. Ou seja, o equivalente a quase a fornada toda anual de novos médicos de uma faculdade de medicina do estado. Mesmo para as melhores profissões, o nosso salário líquido depois de impostos altos é já tão baixo que Lisboa é considerada atualmente a terceira pior capital do mundo para se viver em termos financeiros.
Perante toda esta tragédia fiscal nacional, quem não queria ter cá Musks em vez de Mortágua e dos vários governantes do atual PS que ela inspira ideologicamente? Esta é uma pergunta retórica, claro. Duvidamos que Musk, Bezos, Buffet, ou Gates, após duas décadas de aumentos de impostos da responsabilidade direta ou indireta (no caso da Troika) da esquerda, queiram vir para Portugal. No entanto, o novo líder do PSD estudou gestão avançada no INSEAD pelo que esperamos que tenha aprendido algo sobre a criação de riqueza por tais empresários bilionários. Esperamos também que Luís Montenegro, como provável futuro candidato a primeiro-ministro pelo PSD contra Pedro Nuno Santos do PS (irremediavelmente e para sempre atraído pelas ideias de Mortágua do BE); se inspire nas boas ideias de Carlos Guimarães Pinto da IL sobre impostos. Seria a melhor maneira possível de Trocar Mortáguas por Musks à Portuguesa.