Pela primeira vez desde a implantação do antigo regime, ao qual incautos recém-chegados à consciência partidária chamam hoje displicentemente «o fascismo», sem se interrogar sobre o que foi o Fascismo na Itália da primeira metade do século XX ou o Estado Novo em Portugal, para não falar do Nazismo, pela primeira vez em quase cem anos, foi finalmente eleito em Portugal um deputado Liberal. É uma pedrada no charco!
Vale a pena dizer que, no caso de o sistema eleitoral português respeitar a proporcionalidade nacional entre votos e eleitos, a Iniciativa Liberal (IL) teria três deputados e não um só. O mesmo aconteceria com o chamado «Chega» e com outras desproporcionalidades! Basta dizer que nas eleições do mês passado, além de o governo inscrever o número inverosímil de quase 11 milhões de votantes, o PS elegeu um deputado com uma média inferior a 18.000 votos quando a IL precisou de 65.000 para eleger o seu (o mesmo se diga do Chega e do Livre, bem como de outros três partidos sem deputados eleitos)!
Por causa destas e de outras «chapeladas» aparentemente legais mas cada vez mais evidentes, que só beneficiam o PS e o PSD (todos os outros partidos perdem para eles), é que a Monarquia caiu e depois dela a República. Sem pretender reconstituir em poucas palavras uma história longa e acidentada, a verdade é que a descoberta do caminho para a Liberdade em 1820 foi imediatamente sucedida por uma série mais ou menos ininterrupta de golpes e contra-golpes, incluindo várias guerras civis.
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