Será importante para o futuro da Europa e benéfico para Portugal que, na sequência das eleições para o Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen seja reconduzida para um novo mandato como Presidente da Comissão Europeia, tal como aconteceu com Jacques Delors e Durão Barroso.

Ursula von der Leyen é a pessoa certa para liderar a resposta aos novos desafios que a União Europeia enfrenta.

A União Europeia precisa de reforçar o seu poder geopolítico, económico e tecnológico de modo a recuperar o seu atraso em relação aos Estados Unidos da América e à China e defender a prosperidade dos cidadãos europeus e os princípios da democracia liberal.

A União Europeia como um todo tem de reforçar a coordenação e aumentar o investimento em investigação e inovação para o mercado, atrair talentos e melhorar a capacidade competitiva nas áreas tecnológicas estratégicas, como a eletrónica, as telecomunicações e a farmacêutica.

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A União Europeia tem de ganhar escala em indústria de defesa, por forma a não ter de importar de fora da Europa uma percentagem elevada dos equipamentos militares que envia para a Ucrânia.

Por outro lado, é fundamental criar uma verdadeira união europeia de energia, sem o que as empresas, suportando custos energéticos mais elevados, estão em desvantagem competitiva em relação às das outras potências mundiais.

Conhecedora dos dossiers, Ursula von der Leyen está em melhores condições do que qualquer outro candidato para prosseguir com a política europeia de descarbonização e para pressionar os Estados-membros a darem os passos necessários para completar a União Bancária e criar a União dos Mercados de Capitais, fundamental para evitar a emigração da poupança europeia e aumentar a capacidade de financiamento comum e das empresas a custos competitivos.

No seu primeiro mandato como Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen revelou capacidade de liderança e realizou um trabalho de grande mérito. Tem provas dadas.

Lembro a resposta europeia à pandemia Covid19 e à crise económica a que deu lugar e de que Portugal foi um grande beneficiário das decisões de von der Leyen. Também o seu papel decisivo na mobilização dos Estados-membros na condenação e penalização da Rússia e no apoio sem hesitações à Ucrânia. Está em causa a nossa liberdade, a nossa segurança e a nossa democracia de tipo ocidental.

Lembro igualmente a sua firmeza na luta contra os populismos e contra o desrespeito do estado de direito e dos princípios básicos que enformam o projeto europeu, assim como a sua clarividência na preparação do caminho para o alargamento da União Europeia.

Portugal muito beneficiou da sua posição firme em defesa da coesão económica e social e da transição digital inclusiva.

O caminho para uma União Europeia mais forte e coesa, que aposta na prosperidade dos países que dela fazem parte, depende, em boa medida, do resultado das eleições para o Parlamento Europeu.

A recondução de Ursula von der Leyen como Presidente da Comissão Europeia, depende, em primeiro lugar, do voto dos diferentes países nos partidos que a apoiam nestas eleições, em Portugal a AD – Aliança Democrática

É um voto de confiança no futuro da União Europeia e no futuro dos países que dela fazem parte. Ursula von der Leyen é, inequivocamente, a escolha certa.