João Proença reagiu “com satisfação” à sugestão do seu nome para a presidência do Conselho Económico e Social (CES), feita pela UGT em reunião com o secretário-geral do PS, António Costa, durante uma reunião esta quarta-feira à tarde.
“É uma coisa que me enche de satisfação enquanto ex-secretário-geral da UGT”, declarou Proença ao Observador, considerando que este é “um lugar importante na sociedade portuguesa”.
José Silva Peneda, que ainda ocupa a presidência do CES, está de saída pois vai para Bruxelas a convite do presidente da Comissão Europeia. Vai trabalhar no novo Centro Europeu de Estratégia Política, ficando encarregue da área dos Assuntos Sociais. Peneda tinha sido já falado para comissário europeu dada a sua proximidade com Juncker.
A escolha do sucessor no CES é feita mediante um acordo entre os maiores partidos representados na Assembleia da República pois é o plenário que deve aprovar por maioria o nome proposto.
“A decisão cabe aos partidos políticos e para isso é preciso ter o apoio do PS”, recorda Proença, que na recente disputa interna no PS esteve do lado do anterior secretário-geral, António José Seguro, como diretor de campanha e não de António Costa, que ganhou as primárias para candidato a primeiro-ministro pelo PS e depois foi eleito secretário-geral.
Proença deixou de ser secretário-geral da UGT em abril de 2013, passando a desempenhar funções de assessoria na AICEP por indicação do atual Governo.
Segundo João Proença, o lugar de presidente do CES tem sido “desempenhado com grande competência” e trata-se de “um papel importante” como mediador pois o presidente não faz parte da concertação social que decorre apenas entre Governo e parceiros sociais.
O nome de João Proença foi sugerido pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, também socialista, esta quarta-feira ao líder do PS, António Costa. E foi Carlos Silva quem o divulgou, no fim da reunião, aos jornalistas, revelando ainda que Costa não teve qualquer reação.