Marcelo Rebelo de Sousa não gostou da reação de Cavaco Silva ou de Pedro Passos Coelho às exigências do novo Governo grego. Foram vários os “azares” ou “erros”, segundo o comentador da TVI, que passou a enumerá-los. Para mais quando o próprio Marcelo acredita que irá haver acordo entre a Grécia e as organizações internacionais.

“O Presidente tentou fazer o equilíbrio entre o ser-se solidário com a Grécia mas mostrar que também há razões para preocupações, mas teve azar em várias coisas”, disse, explicando que o chefe de Estado português foi dos poucos Presidentes com poderes de política externa a comentar em público o caso da Grécia e que, ao falar em cima de reuniões decisivas para aquele país, foi contrastante com “o degelo” que se verificou, aparecendo, assim, “a aquecer as costas a Passos Coelho”.

Já o primeiro-ministro, segundo Marcelo, “evoluiu” no modo como comentou a Grécia. A primeira vez que falou teve “dois azares ou erros”. “Fez um erro de avaliação. Criticou as exigências gregas, pensando que os portugueses iam ser pró-Portugal e contra a Grécia. Mas a ideia não colou. Para os portugueses, a senhora Merkel é um diabinho e, portanto, estão solidários com a Grécia”, afirmou. No final do Conselho Europeu informal, Passos já fez uma “mudança subtil” e aceitou uma “evolução” na política europeia, anotou o comentador da TVI.

Sobre as negociações entre a Grécia e as instituições internacionais, Marcelo considera que, embora possa demorar, “vai haver acordo”. “Vai chamar-se outra coisa à troika e a Grécia terá prazos mais dilatados e novas medidas”, explicou.

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