Os táxis amarelos já fazem parte do imaginário coletivo, inclusive de quem nunca foi à cidade de Nova Iorque. Estão presentes em cartões postais, fizeram parte de filmes e séries e até já foram tema de diversas canções. Este valor simbólico cada vez mais substitui a sua função como meio de transporte – pelo menos é o que avança o jornal The New York Post. De acordo com um artigo publicado nesta terça-feira, o número de veículos registados no serviço Uber na cidade atingiu a marca de 14.088 carros, superando pela primeira vez o número de táxis, que totalizam 13.587 unidades, de acordo com um estudo da organização Taxi and Limousine Commission (TLC).

Conforme explica a publicação, o serviço Uber chegou à cidade de Nova Iorque em maio de 2011, dois anos após o seu surgimento, e desde então, tem aumentado a sua popularidade entre os moradores da cidade. Para os condutores, as vantagens incluem os horários flexíveis e maior remuneração. É o que explica Joel Abreu, condutor de um veículo registado na aplicação, ao The New York Post. “Você pode ligar o seu telemóvel e começar a trabalhar a qualquer minuto”, afirma. Ele garante que ganha cerca de 79 mil euros por ano com o serviço, o dobro do que conseguia quando conduzia um táxi, mas reconhece que já há mais concorrência nas ruas da cidade do que gostaria.

Os críticos da aplicação, como o Comité de Segurança para os Táxis dos Estados Unidos, acusam-na de desviar a receita da cidade por não terem de declarar os seus ganhos à Receita Federal. Numa carta enviada a Taxi and Limousine Commission em novembro de 2014, o comité pediu a cassação do licenciamento dos veículos registados no Uber para que deixem de conduzir em Nova Iorque, segundo noticiou a revista Newsweek.

Outra preocupação da entidade diz respeito à privacidade dos seus utilizadores. “Estamos a convocar o TLC para que comecem uma investigação oficial sobre a utilização de informações dos passageiros do Uber. Também pedimos que a sua licença seja suspensa até que o público tenha certeza de que os seus dados estão seguros”, explica Tweeps Phillips, diretor executivo do comité, em entrevista à publicação.

A rivalidade entre taxistas e condutores do Uber já teve como cenário diversas cidades do mundo, como Barcelona, Londres, ParisNova Deli. Em Portugal, há um vazio na lei, discutido entre a Federação Portuguesa do Táxi e os representantes do serviço, conforme explicou o Observador.

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