José Magalhães, o homem que ontem foi agredido por um agente da PSP à saída do jogo entre o Guimarães e o Benfica, nega ter cuspido na cara do agente Filipe Silva, que assim justificou a agressão. O empresário diz que não faltou ao respeito às autoridades, até porque os polícias nas imediações do estádio tinham sido “prestáveis” ao deixarem a família sair devido a uma indisposição do filho mais novo. E vai processar o agente.

“Ia faltar ao respeito às autoridades para quê? Se eles tinham sido tão prestáveis”, contou à saída do Tribunal onde foi ouvido ao final desta manhã. José Magalhães foi identificado e constituído arguido no domingo por insultos às autoridades. Aos jornalistas, o empresário negou ter cuspido na cara do agente da PSP, Filipe Silva. “Não. É totalmente falso”.

Para o registo, fica a versão do homem, que conta que pediu para sair do estádio, depois de estar entre 30 a 40 minutos à espera para sair, como os restantes adeptos. Diz que o filho mais novo estava a “mostrar sinais de perturbação” e que, por isso, se dirigiu à porta de acesso do estádio e os agentes “permitiram de uma forma afável a saída”, conta.

Foi pelo facto de o filho “se estar a sentir mal” que José Magalhães se sentou nas imediações do estádio a dar água ao menor de nove anos. “Quando o agente se dirigiu a mim a perguntar o que se passava e porque tinha saído lá de dentro. Estava a explicar-lhe o que se estava a passar no interior do estádio (…) e de um momento para o outro dou com ele em cima de mim à bastonada”, conta.

Na versão do homem, o polícia questionou-o: “Tinha de trazer os miúdos para aqui para quê?”. Ao que terá respondido: “Não posso vir com os meus filhos a uma festa que poderia ser do título?”.

Aos jornalistas, José Magalhães diz que teve de ser assistido no hospital e que ficou preocupado com o pai, também ele agedido, uma vez que o avô das crianças “teve uma branca”.

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