Os smartphones, ou “telemóveis inteligentes”, vieram para ficar. Para além de nos manter contactáveis, as suas funcionalidades e aplicações facilitam a vida de qualquer um. São caros, mas têm conseguido uma quota de mercado cada vez maior. Os portugueses já se renderam: em 2013 já se venderam mais smartphones do que telemóveis tradicionais, e em 2014 registou-se um novo crescimento de 24%. As últimas estatísticas prevêem que 95% dos portugueses terão smartphones em 2018.
Mas todos os anos aparecem novidades e softwares mais avançados. Alguns tentam adquirir de imediato a tecnologia mais avançada do mercado, enquanto outros aproveitam para comprar bons smartphones em segunda mão que vão ficando com preços mais acessíveis. Há inúmeras maneiras de comprar um telemóvel usado, mas há prós e contras. Se está a pensar em comprar um smartphone em segunda mão, leia isto primeiro.
O site El Confidencial dá 5 dicas para uma compra inteligente.
1 — Melhor comprar numa loja do que a um particular
Há uma razão clara: numa loja oferecem-nos a garantia, coisa que não acontece com os particulares. Se no futuro acontecer algo ao dispositivo adquirido, o vendedor particular não tem obrigação de se responsabilizar.
“Quando compramos um telemóvel num estabelecimento há direitos que protegem o consumidor, como por exemplo a garantia obrigatória de dois anos”, diz o El Confidencial.
2 — Verificar possíveis danos externos
É normal que um smartphone em segunda-mão traga algum arranhão. Apesar de não ser grave, é importante verificar qualquer pequeno golpe, pois é um precedente de acidentes. Também é significante analisar o estado dos botões e o funcionamento de cada funcionalidade externa, como o bloqueio.
Basta uma falha no painel para implicar um futuro problemático para o telemóvel. O iPhone, por exemplo, tem tendência para falhar nos botões Home, de Acesso e de Apagado.
Dependendo do telefone, também é importante verificar os danos de água. A maioria dos telemóveis, como os iPhone ou os Blackberry, estão equipados com indicadores de contacto com líquidos (LCI). Os indicadores de água mudam de cor quando entram em contacto com a água. Os indicadores da Sony, por exemplo, ficam roxos.
3 — Experimentar o smartphone antes de comprá-lo
Após verificar o telemóvel por fora, está na hora testar o seu funcionamento: a fluidez e rapidez do acesso à internet e o bom funcionamento das aplicações dão boas pistas para saber quanto tempo de vida resta a um smartphone. Se o software se manifestar demasiado lento, o melhor é pensar duas vezes.
Também convém experimentar o microfone, a funcionalidade alta-voz, os conetores da bateria e se o telemóvel solicita códigos de desbloqueio a alguma aplicação.
Se tiver tempo, também vale a pena carregar o telemóvel totalmente e verificar quanto tempo aguenta a bateria, já que é um dos componentes que mais facilmente se estraga.
4 — Como saber se um telemóvel foi roubado
É muito simples verificar se um iPhone foi roubado ou não. Há um site que consegue saber se o telefone da Apple de segunda-mão está sob o Bloqueio de Ativação, uma caraterística presente em Find My Phone, que permite proteger o iPhone, iPad ou iPod Touch.
O utilizador só tem que ir à página de comprovação e introduzir o código IMEI (o número de identificação do dispositivo, que é único), e um código visual para comprovar que não se trata de um bot (um robô).
Se o dispositivo está sob o Bloqueio de Ativação, a ferramenta solicitará pelo Apple ID e pelo código de acesso. Portanto, não compre.
5 — Ninguém vende um iPhone 6 por 200 euros
O preço é um dos aspetos mais cruciais na compra de um telemóvel usado. É entusiasmante encontrar um iPhone 6 em bom estado à venda por 200 euros. Mas a realidade é que isso raramente acontece sem que o aparelho tenha um defeito grave. Mas é possível: às vezes o vendedor tem pressa em vender o produto.
No entanto, o mais aconselhável é dar uma vista de olhos no eBay, Amazon, Facebook e sites de venda em segunda-mão.
Se há algum com características técnicas e capacidade de memória interna semelhantes a um preço exageradamente baixo, o melhor é suspeitar. É possível que seja roubado ou que esteja gravemente danificado.
