Um redondo não. A presidente do Senado da Guiné Equatorial vai ser recebida esta quarta-feira no Parlamento, mas o Bloco de Esquerda já garantiu que não vai marcar presença nesse encontro, por não reconhecer no mais recente membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) um regime democrático.

Teresa Efua Asangono vai encontrar-se com Guilherme Silva, vice-Presidente da Assembleia, e deverá reunir-se também com a comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, com a delegação da Assembleia da República à Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e com os representantes dos vários grupos parlamentares. ​​No entanto, o lugar do Bloco vai estar vazio porque, segundo fontes bloquistas, a Guiné Equatorial, liderada, por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, não tem espaço numa casa que devia ser o lar da democracia e dos regimes democráticos.

A posição dos bloquistas já não é de agora. No verão de 2014, o BE condenou veementemente a decisão de admitir a Guiné Equatorial na CPLP por considerar que aquele país não respeitava “princípios fundadores” como a “paz, a democracia, o Estado de direito, os direitos humanos e a justiça social”.

Os bloquistas iam mais longe e descreviam a admissão da Guiné Equatorial na CPLP como “uma cedência intolerável”. “Trocaram-se os valores da defesa dos direitos humanos pelo petróleo e gás natural”. Na altura, o documento bloquista foi votado por todos os deputados bloquistas e contou, ainda, com o sim de 29 socialistas e a abstenção do PCP e do PEV.

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