Os elementos das Forças Armadas na reserva já podem ser recrutados para fazerem vigilância nas zonas escolares e no interior das escolas. O diploma foi publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A partir de amanhã já será válida “a contratação de elementos oriundos das forças armadas para o desempenho das funções de chefes de equipa de zona e de vigilantes para integrarem as equipas de vigilância”, pode ler-se em Diário da República. A renovação das comissões de serviço destes trabalhadores poderá ser feita “até ao limite de duas vezes, de modo a assegurar a continuidade da atividade de vigilância das escolas”.

A medida é polémica. De um lado, os diretores escolares criticaram a “medida avulsa” do Governo em colocar militares das Forças Armadas a vigiar os recreios, lembrando que as escolas precisam é de assistentes operacionais com formação para lidar com os alunos.

Do outro lado, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) criticou a presença de militares na reserva na vigilância das escolas, considerando que o Governo devia reforçar o projeto Escola Segura, com investimento em meios materiais e humanos.

“A banalização do recurso aos militares para garantirem a segurança pública é um caminho grave que tem de ser combatido, sob pena de retrocedermos décadas nesta matéria. Se o Governo pretende mais e melhor patrulhamento junto das escolas, deve investir em meios materiais e humanos, coisa que não fez, abandonando projetos como o do policiamento de proximidade”, referiu a ASPP.

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