A candidatura de António Sampaio da Nóvoa à Presidência da República disse esta quinta-feira que o candidato “sempre deixou claro que o apoio do PS e dos socialistas era fundamental para o êxito” eleitoral.
Comentando declarações do líder socialista, numa entrevista à revista Visão, João Serra, membro da Comissão Política da Candidatura de Sampaio da Nóvoa afirma, em comunicado enviado à Lusa, que “as declarações de hoje do Secretário-Geral do PS confirmam as intenções e objetivos da candidatura presidencial de António Sampaio da Nóvoa: uma candidatura que une em vez de dividir, potencia a dinâmica do campo democrático e não a diminui”.
Na entrevista, publicada esta quinta-feira pela revista, António Costa reafirma que “já há um candidato assumido e próximo da família socialista” e que esse é António Sampaio da Nóvoa.
“Uma pessoa pela qual tenho muita estima. E não o revejo na caricatura esquerdista com que tem sido apresentado”, disse, referindo-se a Sampaio da Nóvoa.
Relativamente à hipótese da candidatura da antiga ministra da Saúde e ex-presidente do PS Maria de Belém, o secretário-geral socialista diz apenas que “o PS se orgulha muito da sua pluralidade”.
“Acho incompreensível que, numa eleição por natureza proposta por cidadãos e que apela aos princípios da cidadania, se defenda que só têm direito a candidatar-se os nascidos e criados nas estruturas partidárias (…), quando a Presidência da República deve ser, por excelência, o espaço da cidadania”, responde o secretário-geral do PS à entrevista da Visão.
Na entrevista diz também que sobre as presidenciais “O PS tomará uma decisão no momento próprio”.
Nesta entrevista, o secretário-geral do PS pediu desculpa pelo episódio dos cartazes com fotografias não autorizadas, que levou à demissão do diretor da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 04 de outubro.
“O episódio dos cartazes tratou-se de uma sucessão de equívocos, um caso lamentável e, por isso, pedimos desculpa”, afirma António Costa, sendo esta a primeira vez que o líder socialista se referiu a esta polémica.
Na entrevista, em que são abordados diversos temas, entre os quais os europeus, António Costa, que é o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa às próximas eleições legislativas, adianta que Portugal deve ter “um membro do Governo exclusivamente dedicado aos assuntos europeus com estatuto superior a secretário de Estado”.