À medida que os séculos foram passando, o mundo ficou cada vez mais “pequeno”. A invenção da roda foi o primeiro passo para encolher o planeta onde vivemos. Daí para cá, a carroça, os caminhos de ferro, o carro e o avião permitiram-nos atravessar o planeta em algumas horas. Nos dias de hoje só precisamos de nos sentar, assistir a dois filmes e dormir uma sesta que fazemos a mesma viagem que Fernão de Magalhães no século XVI.
Visto por este prisma, a evolução que os meios de transporte tiveram no último milénio parece impressionante. Mas agora o multimilionário sul-africano Elon Musk quer tornar o globo ainda mais pequeno. O projeto, denominado Hyperloop já foi anunciado há dois anos. Um comboio supersónico que vai começar a ser construído em 2016. Ou, mais especificamente, um sistema de transporte terrestre composto por cápsulas movidas por ar comprimido e capaz de atingir os 1.200 quilómetros por hora. Isto significa, por exemplo, que fazer a viagem de Lisboa a Moscovo demoraria menos de quatro horas.
A empresa, com o mesmo nome do comboio capaz de ultrapassar as barreiras do som, prevê que a primeira linha arranque em 2018 ou 2019. Esta ligará São Francisco a Los Angeles. Este meio de transporte será uma espécie de comboio sem carril e andará através de um sistema de propulsão, fornecido por energia solar e por potentes baterias recarregáveis de longa duração. Citada pelo ABC , a empresa garante que a experiência da viagem será “cómoda” e a pressão no interior “reduzida”.
Ainda em declarações ao mesmo jornal, Dirk Alhborn, diretor-geral da Hyperloop, garante que não será preciso um custo alto para realizar este projeto, isto porque, neste caso, existe a “possibilidade de gerar mais energia do que a utilizada”. Em concreto, o custo de construção não ultrapassará os 16 milhões de dólares (cerca de 14 milhões de euros) enquanto uma linha de comboios tradicional tem custos a rondar os 60 milhões de euros.