O ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, diz que ainda não foi notificado para ir falar a tribunal, na qualidade de arguido, no âmbito do processo Cuba Livre, no dia 20 de abril, como noticiou a Sábado.

“Eu não estou notificado para nada. Como é que essas coisas são sabidas primeiro pelos jornais e não pelas vias competentes?”, questionou Alberto João Jardim, em tom retórico. “O que mostra que há aqui qualquer coisa de político metido nisto. Estamos no plano de tentativa de instrumentalizar a justiça para fazer vinganças políticas”, rematou, em declarações à RTP.

“Tanto quanto eu sei sobre isso esse processo foi arquivado pelo Ministério Público”, acrescentou o ex-governante, dizendo não saber “que legitimidade” terão os assistentes que reabriram o processo.

Alberto João Jardim é suspeito de dois crimes de prevaricação com dolo, um de violação das normas de execução orçamental e outro de abuso de poder no âmbito deste processo que investiga a dívida de mais de 6 mil milhões de euros da ilha, dos quais 1,1 mil milhões foram ocultados das contas nos orçamentos regionais entre 2003 e 2010.

O processo, que começou em 2011, com buscas na Secretaria Regional do Equipamento Social da Madeira, no Funchal, foi arquivado em 2014 pelo Ministério Público, mas foi agora reaberto a pedido de três assistentes.

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