No mês passado foram atribuídas 144 autorizações de residência a estrangeiros como contrapartida da atividade de Investimento (ARI). Deste total, 136 vistos foram concedidos pela compra de imóveis e oito pela transferência de capital, mas nenhum mediante as novas regras que entraram em vigor em setembro do ano passado.

Do total de investimento angariado em vistos dourados em fevereiro (89.301.186,43 euros), 91% do montante (81.203.431,52 euros) continua a corresponder à compra de imóveis, com a transferência de capital a totalizar 8.097.754,91 euros.

Em janeiro, o investimento captado tinha sido de 38.574.620,34 euros, dos quais 35,8 milhões de euros resultantes da compra de imóveis e 2,7 milhões de euros relativos à transferência de capital.

No primeiro mês do ano, foi concedido um visto Gold pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Em termos acumulados, nos dois primeiros meses do ano, o investimento em ARI ascendeu a 127.875.806,77 euros, sendo a maioria (117.057.146,02 euros) relativa à compra de bens imóveis, com a transferência de capital a totalizar 10.818.660,75 euros.

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Em janeiro e fevereiro foram atribuídos 209 vistos Gold, 198 para a compra de imóveis, 10 por transferência de capital e um pela criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, foram atribuídos 143 ARI a chineses, 18 a brasileiros, sete a russos, dois a sul africanos e outros dois a libaneses nos dois primeiros meses do ano.

Desde que os vistos Gold entraram em vigor – a 8 de outubro de 2012 – até final de fevereiro, foram atribuídos 2.997 ARI: dois em 2012; 494 em 2013; 1.526 em 2014; 766 em 2015 e 209 até ao mês passado.

Em termos de investimento total acumulado desde 2012, este ascendia a 1,8 mil milhões de euros, dos quais a maior parte – 1,6 mil milhões de euros – correspondia à compra de bens imóveis e 176,2 milhões de euros à transferência de capital.

A China lidera a lista de autorizações atribuídas (2.345 até fevereiro), seguida do Brasil (123), Rússia (104), África do Sul (77) e Líbano (46).

No total acumulado, de acordo com dados do SEF, foram atribuídos 2.833 vistos Gold pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 159 pela transferência de capital, cinco pela criação de emprego e nenhum segundo as novas regras.

As novas medidas­, que alargam o investimento de estrangeiros a áreas como a reabilitação urbana ou ciência, entre outras, entraram em vigor a 3 de setembro de 2015, embora até à data não seja conhecida a atribuição de vistos dourados segundo estas regras.

No ano passado, o investimento resultante dos vistos Gold caiu para metade, face a 2014, para cerca de 466 milhões de euros. Relativamente a autorizações de residência a familiares reagrupados, estas totalizavam 316 este ano.