O Presidente da República apontou a saúde, o sistema político e, talvez, mais tarde, a Segurança Social como áreas em relação às quais deve haver consensos de regime, mas defendeu que “não se pode forçar”.
No final de uma visita à Microsoft Portugal, em Lisboa, questionado sobre os desafios feitos pelo PSD ao PS para reformas conjuntas nas áreas da Segurança Social e do sistema político, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Tudo o que seja caminhar no sentido dos consensos, das convergências, é positivo”.
Ou seja, algo que vai de encontro às propostas de Passos Coelho no último Congresso do PSD em Espinho. Já o PS, pela voz de Carlos César, reagiu às propostas dos sociais democratas, dando prioridade à reforma da transparência do sistema político.
Nesta ocasião, o chefe de Estado voltou a saudar o facto de o PSD ter apresentado propostas sobre o Programa Nacional de Reformas, declarando: “As pessoas não estão a discutir eleições, estão a discutir reformas, esse já é um bom começo de vida. Em segundo lugar, é um bom começo de vida aproximarem-se pontos de visita”.
Entre as matérias que devem ser objeto de convergência, o Presidente da República apontou, uma vez mais, a saúde.
Depois, considerou que, “pouco a pouco, pode avançar-se para outros domínios de convergência”, como “a transparência do sistema político, a proximidade dos eleitores em relação aos eleitos, tudo o que seja melhorar a democracia, o controlo dos políticos – que está na ordem do dia”.
“Eu já disse que, a partir da saúde, se poderá avançar mais tarde para a Segurança Social. Portanto, o que é preciso fazer é pequenos passos”, acrescentou o Presidente da República, defendendo, contudo, que “não se pode forçar”.
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que “os pactos de regime demoram tempo a fazer” e não se fazem “de um momento para o outro”