Sara Moreira tinha 19 anos e foi 11 vezes às urgências do Hospital Padre Américo, em Penafiel, durante três anos. Foi diagnosticada com ansiedade, mas morreu com um tumor de 1,670 quilogramas na cabeça, nunca identificado pelos médicos. A história foi contada pelo Jornal de Notícias esta terça-feira. O Expresso revela agora que ao inquérito que o Ministério Público já tinha aberto, juntaram-se outras quatro entidades que fizeram o mesmo: a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a Administração Regional de Saúde do Norte, a Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e a Ordem dos Médicos.

Conta o Expresso que foi o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, quem pediu à IGAS para iniciar o processo, porque teve conhecimento da história através da comunicação social. O conselho diretivo da ARS Norte também emitiu um comunicado esta terça-feira a afirmar que a história nunca foi reportada ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Sara começou a queixar-se com dores de cabeça em 2010. Tinha 16 anos. Nos três anos seguintes, juntaram-se outros sintomas: vómitos, desmaios e dificuldade em conter a urina. Os sete médicos que a examinaram sugeriram que estaria grávida, “nervosa por causa dos estudos”, mas Sara acabou por morrer em casa a 10 de janeiro de 2013. Quando lhe foi feita uma autópsia, foi encontrado um tumor de 1,670 quilogramas na cabeça.

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