As consequências do Brexit já se fazem sentir pelo mundo fora. O resultado do referendo britânico fez com que vários movimentos independentistas noutros países viessem dizer publicamente que querem seguir o exemplo da terra de Sua Majestade. Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita francês Frente Nacional, foi a primeira a dizer que tinha “chegado a hora de importar a democracia” para o seu país.

Não foi a única. A Le Pen, juntaram-se outros representantes de partidos nacionalistas e de extrema-direita europeus. Surgiu o Nexit (“N” de Netherlands, ou seja, Holanda), o Swexit (“S” de Suécia), o Oexit (“O” de Österreich) e o Frexit (“F” de França), entre outros, conta a BBC.

Fora da União Europeia, a ideia também surtiu efeito. A Austrália quer o Auexit para cortar vínculos com a monarquia britânica e tornar-se uma república. O que querem? Que a Rainha Isabel II deixe de representar o país. A ideia não é nova e já foi a referendo em 1999, mas os fãs da Monarquia saíram vencedores.

Peter FitzSimons, presidente do Movimento Republicano da Austrália, disse em comunicado que a União Europeia é o parceiro comercial mais importante do país, depois da China. Objetivo: proteger a relação comercial que ainda têm. Mas o primeiro-ministro Malcom Turnbull já veio dizer que a relação do país com o Reino Unido está “muito forte e íntima”.

Nos Estados Unidos da América – que vai a eleições em novembro – o Brexit ecoou no Texas. O presidente do Movimento Nacionalista de Texas, Daniel Miller, já veio dizer que o referendo britânico pode ser visto “como uma inspiração e exemplo” para os texanos, para que se unam em prol de uma nação autogovernada.

Na quinta-feira, a hashtag #texit foi uma tendência no Twitter. E não esteve sozinha. No twitter, também houve menção a etiquetas como #Calexit (California) ou #Flexit (Florida). Adrian Wyllie, que já foi candidato ao cargo de governador da Florida escreveu que “talvez a Florida devesse seguir” o exemplo do Reino Unido. Surtirá efeito?

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