A partir de Setembro de 2017, entra em vigor na Europa a chamada norma Euro 6c, que impõe uma redução das partículas emitidas pelos motores a gasolina para um décimo dos valores actuais, o que significa que qualquer novo modelo vendido depois dessa data no território da União Europeia tem de cumprir com essa obrigatoriedade.

Esta imposição prende-se, em boa parte, com a disseminação dos motores de injecção directa de gasolina, solução que incrementou substancialmente a respectiva eficiência em termos de consumo, mas que apresenta como desvantagem uma maior emissão de partículas tóxicas, por via do menor tempo que existe para a gasolina se misturar com o ar na câmara de combustão, daí resultando uma queima menos completa da mistura.

Para resolver esta questão, a solução mais óbvia parece ser, pelo menos por agora, a adopção dos célebres filtros de partículas, já bem conhecidos dos diesel, também pelos motores a gasolina. Algo que até já acontece, desde 2014, com a Mercedes, no S 500, tendo a marca da estrela confirmado que irá introduzir gradualmente esta tecnologia noutros motores da sua oferta, nomeadamente nas outras versões do Classe S (na próxima actualização do modelo), a que seguirão outros membros da gama da marca.

Também o Grupo Volkswagen anunciou que irá dotar, progressivamente, os seus motores FSI e TFSI de filtros de partículas, a partir de meados do próximo ano. Já em Junho de 2017, os novos Volkswagen Tiguan 1.4 TSI e Audi A5 2.0 TFSI vão integrar esta tecnologia, reduzindo assim em 90% as respectivas emissões de partículas. O grupo germânico prevê que, até Junho de 2022, 7 milhões de veículos por si produzidos estejam equipados com esta solução técnica.

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