Portugal caiu uma posição, para o 18º lugar, no painel europeu de inovação, elaborado anualmente pela Comissão Europeia. O país permanece no grupo de Estados-membros classificados como “inovadores moderados”.

De acordo com os dados do Painel Europeu de Inovação 2016, referente a 2015, o nível de inovação da União Europeia (UE) “aproxima-se cada vez mais dos níveis de inovação do Japão e dos Estados Unidos”, continuando a Suécia a liderar a tabela europeia, seguida de Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Holanda, países que formam o grupo dos chamados “líderes da inovação”.

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Fonte: Comissão Europeia

Depois de um segundo grupo de “fortes inovadores”, formado por oito Estados-membros, surge um terceiro grupo, de “inovadores moderados”, já abaixo da média da UE, e no qual se inclui Portugal, que recuou de 17º para 18º entre 2014 e 2014.

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O documento divulgado esta quinta-feira pelo executivo comunitário sublinha que Portugal tem um desempenho abaixo da média comunitária na maioria dos indicadores analisados, com exceção dos “recursos humanos”, tendo-se registado quedas particularmente vincadas sobretudo nas áreas das despesas com inovação que não a favor da investigação e desenvolvimento, e da inovação nas pequenas e médias empresas (PME).

O comissário europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, observou, por ocasião da divulgação deste painel de avaliação, que a Comissão está “a melhorar o acesso ao financiamento privado através do Plano de Investimento para a Europa, no valor de 315 mil milhões de euros, e da União dos Mercados de Capitais, e a criar um novo Conselho Europeu para a Inovação”, para colocar a UE ainda mais na linha da frente.

Segundo comunicado enviado pela Comissão Europeia às redações, Elżbieta Bieńkowska, Comissária Europeia responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, defende que “a Europa tem de ser um local em que as PME e as novas empresas inovadoras floresçam e prosperem no mercado único”.

Para tal, é necessário um esforço concertado. A nível da UE, precisamos de simplificar a legislação sobre o IVA, adaptar as regras em matéria de insolvência, tornar mais acessíveis as informações sobre os requisitos regulamentares e trabalhar para criar um quadro de propriedade intelectual mais claro e favorável às PME. Temos também de continuar a adaptar o mercado único para garantir que os serviços inovadores, como a economia colaborativa, possam ter o seu lugar”.