António Costa acusa o PSD de comportar-se como “o condutor de um comboio fantasma”, ao colocar-se à margem da discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano. O primeiro-ministro desafia ao PSD a ter uma posição “construtiva positiva, que tenha os olhos postos no futuro” e é aqui que atira: “O dr. Passos Coelho… é uma tristeza, mas ficou lá atrás. Tenho pena”.

O PSD revela um enorme vazio de ideias e projetos para o futuro. A única ideia que apresentar é dizer que na semana seguinte vai acontecer uma catástrofe”

As declarações foram feitas à TVI24, a bordo do barco que transportou António Costa até às Berlengas, para uma visita enquanto primeiro-ministro. Confrontado com as declarações de Pedro Passos Coelho desta sexta-feira, Costa disse que o líder do PSD se comporta como “o condutor de um comboio fantasma que todos os dias anda a assustar os portugueses e vai buscar aos fundos dos infernos os fantasmas da ministra das Finanças, que depois de ter fracassado no défice vem agora dar lições a quem está a conseguir cumpri-lo”.

Já sobre o Orçamento para o próximo ano, que o Governo está a ultimar durante o próximo mês, Costa diz não perceber “qual o papel que Pedro Passos Coelho se quer reservar na vida política”, acusando o líder do PSD de “andar há um ano a dizer aos portugueses que o diabo chega na semana a seguir”. À Sic-Notícias, minutos antes, tinha afirmado a mesma ideia garantindo: “Nem crise, nem o diabo, nem nada e muito menos voltará o PSD”.

Costa diz que a atitude do PSD “é de um enorme vazio relativamente a ideias para o futuro. A única ideia que apresentar é dizer que na semana seguinte vai acontecer uma catástrofe”. Sobre a atuação do seu Governo, o socialista volta a garantir que “pode haver discussões se o défice vai ser mais de 2,5% ou mais de 2,2%, mas fica abaixo dos 3%”. E diz também que “a opção política” seguida permitiu baixar o défice, “aumentar o emprego”, “recuperar rendimentos” e “criar condições para haver investimento” e que o Governo gostaria de repor mais rendimento, mas: “Temos de agir de forma a não perder o que já conquistámos”.

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