A ANTRAL e a Federação Portuguesa do Táxi enviaram propostas ao Governo a pedir o aumento de 20% de todos os preços durante os meses de julho e agosto e também da bandeirada no Natal e no Ano Novo. As associações pretendem também criar uma nova tarifa para quando são transportadas mais do que quatro pessoas no mesmo carro.

A notícia é avançada na edição impressa do Jornal de Notícias que cita Florêncio Almeida, presidente da Associação dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), a argumentar com a desatualização dos preços atuais, tendo em conta que a convenção que os estabeleceu caducou em 2014.

No Natal e Ano Novo (dias 24, 25, 31 de dezembro e 1 de janeiro) as associações propõem aumentar a bandeirada — valor inicial apresentado ao entrar no veículo — para seis euros (atualmente é 3,25€). O novo valor cobriria os primeiros 1800 metros da viagem e passaria a incluir os suplementos que, hoje, são pagos à parte (1,60€ pelo transporte de bagagem e animais e 80 cêntimos de chamada).

Em relação ao aumento dos preços nos meses de julho e agosto, Florêncio Almeida justifica que a intenção passa por incentivar os taxistas a trabalharem no momento em que há mais procura e mais taxistas de férias.

As associações propuseram também eliminar a tarifa 6 (tarifa de serviço à hora) em que o valor é cobrado em função da duração do serviço, que só pode ser aplicada mediante um acordo das duas partes. Em vez desta tarifa, propõem uma nova (tarifa 7), quando o carro transportar mais do quatro pessoas. Florêncio Almeida argumenta que a tarifa 6 causa bastante confusão sobre o preço e que a nova tarifa seria mais transparente.

Uma fonte oficial do Ministério da Economia garantiu ao JN que as propostas das duas associações do setor do táxi estão a ser analisadas, numa altura em que está agendada uma manifestação (para o próximo dia 10 de outubro) contra a legalização de plataformas como a Uber e a Cabify.

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