Até ao próximo domingo, 4 de dezembro, cumpre-se em Cuba o período de luto pela morte de Fidel Castro, e a semana será diferente das habituais: vai haver salvas de tiros de canhão diárias, uma grande homenagem na terça-feira e uma volta à ilha que termina com o enterro do antigo líder e ditador cubano em Santiago de Cuba, no domingo.
Esta segunda-feira, vai ser disparada uma salva de tiros de canhão por hora, até às 18h locais. Também esta segunda-feira deverão começar a chegar ao país personalidades de todo o mundo para se juntarem às cerimónias. De Portugal, não irá Marcelo Rebelo de Sousa, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já garantiu que será enviada a Cuba “a representação considerada adequada”.
Entre terça-feira e sábado, continuam as salvas de tiros a cada hora, entre as 6h da manhã e as 18h, segundo o Ministério das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba. Durante este período, haverá também uma programação especial na rádio e na televisão do país, que será “informativa, patriótica e histórica”, informou também o governo cubano.
No que toca a cerimónias fúnebres, os dois primeiros dias (segunda e terça) são para os cubanos se despedirem do líder histórico na capital do país, Havana. As cinzas de Fidel Castro estarão expostas na Praça da Revolução durante os dois dias. Esta homenagem culmina com uma cerimónia na tarde de terça-feira, em que estarão presentes líderes de todo o mundo.
No dia seguinte, as cinzas de Fidel Castro vão dar a volta à ilha para poderem ser vistas por todos os cubanos. Será um percurso de 861 quilómetros, que termina no sábado em Santiago de Cuba, cidade fortemente ligada à revolução cubana. No dia seguinte, domingo, as cinzas serão enterradas no cemitério de Santa Ifigenia, numa cerimónia que contará, provavelmente, apenas com os familiares mais próximos.