O ministro das Finanças alemão insiste que a Grécia tem de fazer reformas estruturais se quiser manter-se na zona euro. Wolfgang Schäuble mostra-se igualmente contra um alívio da dívida pública grega, que esta segunda-feira vai ser discutido numa reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, Schäuble afirma que “Atenas tem de implementar as reformas necessárias” e que esse é um passo incontornável. “Se a Grécia quer ficar no euro, não há alternativa”, acrescentou.

Na reunião do Eurogrupo vão ser discutidas algumas medidas de alívio da dívida da Grécia, que em contrapartida devem envolver medidas de liberalização do mercado de trabalho. O governo de Alexis Tsipras tem-se empenhado na renegociação dos prazos e das exigências dos credores para poder assegurar um regresso aos mercados internacionais no fim de 2017 ou no início de 2018.

A dívida pública grega ronda atualmente os 330 mil milhões de euros. No último ano, desde o referendo que rejeitou as medidas de austeridade propostas pelos credores e a adoção de um novo programa de ajustamento, o governo subiu impostos e cortou despesas. Mas isso pode não ser suficiente e novos cortes estão a ser equacionados pelo Fundo Monetário Internacional. O ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, afasta essa possibilidade, alegando que não podem ser tomadas mais medidas de austeridade.

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