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Guerra & Paz promete um 2017 com livros "loucos"

Este artigo tem mais de 5 anos

Mais e melhores livros amarelos, grandes clássicos da literatura (portuguesa e não só) e uma nova coleção que está ainda no segredo dos deuses. Estas são as promessas da Guerra & Paz para 2017.

Em 2016, a Guerra & Paz publicou cerca de 50 títulos -- número que pretende igualar em 2017
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Em 2016, a Guerra & Paz publicou cerca de 50 títulos -- número que pretende igualar em 2017

Em 2016, a Guerra & Paz publicou cerca de 50 títulos -- número que pretende igualar em 2017

Reedições de Joseph Conrad, “Livros Amarelos” com participações especiais, edições ilustradas (e raras) de clássicos da literatura portuguesa e um dicionário de Fátima. A editora Guerra & Paz já anunciou algumas das novidades para o ano que aí vem. E garante que vai ser em grande.

Num ano que promete ser louco (com o lançamento de uma nova coleção, “Os Livros Estão Loucos”, ainda por desvendar), a editora vai continuar a fazer crescer a lista de “Livros Amarelos“, onde se juntam dois textos clássicos com um ensaio contemporâneo que justifica a escolha. Ao todo, serão editados cinco títulos amarelos, entre os quais Apocalipse Segundo S. João / Apocalipse, de D. H. Lawrence (com ensaio de Helder Guégués), e José Matias, de Eça de Queiroz /Bartleby, de Herman Melville.

Este último inclui um ensaio de Ricardo Vasconcelos, professor na Universidade Estatal de San Diego e autor da edição crítica da correspondência de Mário de Sá-Carneiro (juntamente com o pessoano Jerónimo Pizarro), editada pela Tinta-da-China em 2015. De acordo com o editor da Guerra & Paz, Manuel Fonseca, esta será a primeira de uma série de participações de figuras ligadas aos estudos literários e à cultura portuguesa.

“Fizemos cinco ‘Livros Amarelos’ em 2016 e queremos fazer outros cinco (no máximo sete) em 2017. É a continuação da coleção, que tem características tão singulares do ponto de vista visual”, afirmou.

Outra coleção que promete continuar a crescer é a de “Grandes Clássicos”. Em janeiro, sairá As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, obra publicada em livro há 150 anos. Além do famoso romance, a editora irá lançar o também célebre Moby Dick, de Herman Melville, O Vermelho e o Negro, de Stendhal, e Lord Jim, o primeiro de vários livros de Joseph Conrad que deverão sair em 2017. Em português, sairá El-Rei Junot, de Raul Brandão.

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A jornalista da Sábado Dulce Garcia vai estrear-se no romance com Quando Perdes Tudo Não Tens Pressa de Ir a Lado Nenhum. “É um romance muito forte, muito contemporâneo, sobre as relações amorosas dos nossos tempos. Envolve um triângulo amoroso, [e foi escrito] com um grande sentido de humor”, revelou Manuel Fonseca. “A Dulce corre aqui um risco e isso define-a como romancista”, acrescentou.

Também no romance, a editora irá lançar A Ilha de Martim Vaz, do angolano Jonuel Gonçalves. Professor de economia e relações internacionais em universidades brasileiras e angolanas, Jonuel Gonçalves viveu vários anos no exílio “defendendo sempre a ideia de independência de Angola e vivendo quase sempre em oposição a todos os poderes”. Nunca antes publicado em Portugal, este é o primeiro de vários livros do autor que a Guerra & Paz pretende editar.

De Angola virá também O Kaputo Camionista e Eusébio, de Manuel Rui. O livro, sobre “uma viagem em Angola ao mesmo tempo que decorre um jogo, o Portugal-Coreia de 1966”, tem como figura central Eusébio. Além de um conto de Manuel Rui, a obra inclui textos escritos por “pessoas que têm alguma coisa a ver” com o autor, Angola ou Eusébio, como Boaventura de Sousa Santos, Clara Ferreira (filha do jogador), José Jorge Letria e José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Uma das grandes novidades da editora para 2017 é o livro de poemas Sombras e Falésias, do romeno Dinu Flamand. A publicação da obra foi sugerida por António Lobo Antunes e a tradução foi feita por um romeno residente em Portugal. Esta é a primeira vez que Flamand é publicado em Portugal.

Livros raríssimos para colecionar

Depois da publicação de Tabacaria, Memorial do Convento, numa edição especial e “raríssima”, e da “trilogia maldita” (O Manifesto Comunista, Mein Kampf e o Pequeno Livro Vermelho), a Guerra & Paz decidiu voltar aos “livros de arte” com o romance Ensaio sobre a Cegueira.

Este será o último livro de José Saramago a ser publicado, numa parceria com a Porto Editora. “Trata-se de um trabalho que temos feito com outro editor, José da Cruz Santos, que decidiu entregar à Guerra & Paz certo tipo de edições”, explicou Manuel Fonseca, acrescentando que a edição especial tinha sido acordada com Saramago e que será limitada a 500 exemplares.

“É uma edição limitadíssima. Espero que os leitores a queiram disputar e comprá-la em cerca de uma hora como o Harry Potter“, brincou o editor.

Além do romance do Prémio Nobel da Literatura, a Guerra & Paz irá ainda lançar uma edição ilustrada de O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena. “É um livro único, magnífico na sua sensualidade e erotismo”, salientou Manuel Fonseca. “Vai ser ilustrado pela Mariana Viana. O trabalho está ainda em curso, mas está praticamente terminado. É absolutamente divino o que ela fez.”

Dicionário de Fátima e outros livros de não-ficção

No ano em que se assinalam os 100 anos das Aparições de Fátima, a Guerra & Paz juntou-se às comemorações com o lançamento de um Dicionário de Fátima, da autoria de Nuno Henrique Luz e Nuno Roby Amorim. Em janeiro, sairá também Fátima — Milagre, Ilusão ou Fraude?, de Len Port. Este serão dois dos vários livros sobre Fátima que a editora irá lançar ao longo de 2017.

Henrique Monteiro, jornalista do Expresso, reuniu em livro Os Grandes Discursos da História, que vão desde a apologia de Sócrates ao famoso discurso de Martin Luther King, “Eu tenho um sonho”. Discursos marcantes, que são também “um retrato de alguns momentos da historia que ficaram marcados pela retórica”, salientou Manuel Fonseca.

O Negacionismo Económico, dos franceses Pierre Cahuc e André Zylberberg, será também publicado este ano pela Guerra & Paz. Trata-se de um livro polémico, no qual os autores sustentam que “a economia tem aspetos que são, de facto, científicos que estão comprovados e que negá-los, como alguns governos fazem”, trata-se de “puro negacionismo e é como negar as alterações climáticas”, explicou Manuel Fonseca ao Observador. Um livro que promete dar que falar.

Para este ano, a Guerra & Paz tem ainda planeado o lançamento de um livro de ensaios José Jorge Letria, Zeca Afonso, O que Faz Falta. O livro, que conta com a participação de várias figuras ligadas à música (como Júlio Pereira), pretende assinalar os 30 anos da morte do músico português, que faleceu a 23 de fevereiro de 1987, vítima de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

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