O Tesouro português vai promover um leilão duplo de dívida de longo prazo — a cinco e sete anos — na próxima quarta-feira, 8 de fevereiro. A operação, que foi agendada esta sexta-feira, deverá resultar num encaixe para os cofres do Estado entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.
As duas linhas em causa são a que vence em outubro de 2022 e a que será reembolsada em fevereiro de 2024. Além de o Tesouro português necessitar de avançar com a emissão da dívida de longo prazo prevista para este ano (quase 16 mil milhões de euros), a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) está a escolher as linhas a utilizar tendo em conta que é preciso emitir dívida para abrir espaço ao Banco Central Europeu (BCE) para comprar no mercado.
O BCE limita a 33% o montante máximo de dívida, em cada linha, que pode comprar no mercado aos investidores. Em algumas linhas, o BCE já está a chegar aos limites, o que tem contribuído para a pressão sobre os juros da dívida pública. Assim, ao emitir mais títulos, o IGCP está a contribuir para que o montante em cada linha aumente, pelo que o BCE fica livre para comprar um pouco mais, sem ultrapassar os limites.
O montante indicativo global foi definido entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros, comum às duas linhas.