A Fundação AIS alertou esta sexta-feira para a situação “cada vez mais difícil” na Venezuela, onde 82% da população vive na pobreza e algumas famílias têm de procurar comida no lixo para conseguirem sobreviver.

De acordo com esta organização dependente do Vaticano, “é cada vez mais difícil a situação que se vive na Venezuela, com a economia em acelerado colapso e um número cada vez maior de pessoas mergulhadas na mais absoluta pobreza”. Segundo a fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), “calcula-se que cerca de 82% dos venezuelanos estejam a viver uma situação trágica, sem recursos económicos suficientes para a própria sobrevivência”.

No comunicado, a Fundação cita notícias da agência Fides, o órgão de informação das Pontifícias Obras Missionárias, para lembrar que o arcebispo da cidade de Bolivar, Ulises Antonio Gutiérrez Reyes, confirmou que muitas famílias procuram comida no lixo porque “já não têm nada para comer” e criticou o Governo de Nicolas Maduro, considerando que está a “administrar mal os recursos” do país. No artigo da agência Fides, citado pela Fundação AIS, o arcebispo exemplificou as dificuldades com a história de um homem afetado pelos baixos salários e constantes subidas dos preços.

“Recentemente encontrei um senhor que procurava comida no lixo e, conversando com ele, disse-me que trabalha, mas que, com o salário que recebe não consegue alimentar os filhos e tem por isso de procurar a comida no lixo”, disse Gutierrez. Fundada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Fundação AIS é uma organização dependente da Santa Sé, tendo por objetivo apoiar projetos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica está em dificuldades, segundo a informação que consta no site da Fundação.

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