Duas pessoas morreram e 1.222 outras foram afetadas na sequência de um surto de cólera que eclodiu em janeiro em Moçambique, disse esta terça-feira a diretora-adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe.

“É uma situação preocupante, na medida em que se trata de uma epidemia que exige um controlo constante”, disse Benigna Matsinhe, em conferência de imprensa, acrescentando que, devido à gravidade da situação, as autoridades ativaram os centros de assistência médica nos pontos mais afetados.

As mortes foram registadas na província de Tete, centro do país, e na cidade Maputo, no sul, e o maior número de casos de cólera foi registado em Nampula, 454 doentes dos 1.222. Para o caso de Tete, a diretora adjunta de Saúde Pública disse que a situação exige maior atenção das autoridades, na medida em que o surto naquela região começou nos últimos cinco dias, mas já foram registados, além de um óbito, 397 casos.

“Estamos a tentar controlar a situação, mas é complicado porque a solução também passa por uma mudança de consciência por parte da população”, acrescentou Benigna Matsinha. Além da reabertura dos centros de tratamento, Benigna Matsinha disse que as autoridades moçambicanas têm apostado em campanhas de sensibilização dentro das comunidades. Além do calor, que é propício à ocorrência deste tipo de doenças, as autoridades moçambicanas apontam a falta de higiene pessoal e coletiva, o deficiente saneamento público e a chuva como os principais fatores da propagação da cólera no país.

Além de Tete, Nampula e a capital moçambicana, os casos de cólera foram também registados em Maputo província, locais onde a chuva que caiu nos últimos dias provocou inundações, principalmente nos bairros suburbanos.

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