A E-Primatur vai lançar Tarass Bulba, o Cossaco, de Nikolai Gogol. Obra fundamental da literatura de língua russa, o volume reúne a primeira versão da história, publicada numa antologia de contos — que foi censurada pelas autoridades russas por ser “demasiado ucraniana” –, e uma versão posterior, mais desenvolvida. Pela editora, irá ainda sair O Crime da Aldeia Velha, de Bernardo Santareno, sobre a última execução popular por bruxaria em Portugal, já no século XX, e o primeiro volume (ficção) das Obras Completas de Mário-Henrique Leiria. Com introdução, organização e notas de Tania Martuscelli, o volume — com mais de 700 páginas — inclui vários inéditos e textos que nunca foram coligidos em livro.

A Editorial Presença vai publicar Um Homem Chamado Ove, de Fredrik Backman, o livro que deu origem ao filme, realizado por Hannes Holm. O filme estreou em Portugal a 23 de março, o livro chega a 5 de abril. A Livros do Brasil vai publicar Bairro de Lata, de John Steinbeck, e um novo volume da “Coleção Vampiro”– A Pista do Alfinete Novo, de Edgar Wallace, um policial de quarto fechado do autor mais lido em Inglaterra nos anos 20 e 30.

Pela Guerra & Paz vai ainda sair em abril os clássicos Moby Dick, de Herman Melville, As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain, e também o livro amarelo Apocalipse / Apocalipse, de D.H. Lawrence e de João Patmos. A “Coleção Essencial — Livros RTP”, da Leya, vai ganhar um novo volume — O Deus das Moscas, de William Golding.

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A Relógio D’Água, como sempre, tem vários lançamentos agendados para abril, entre os quais se incluem O Que Maisie Sabia, de Henry James, Inverno no Próximo Oriente, de Annemarie Schwarzenbach, Não Digam que não Temos Nada, de Madeleine Thien, Relatório Minoritário e Outros Contos, de Philip K. Dick (na continuação da publicação das obras do autor de Será que os Androides Sonham com Ovelhas?), Os Miseráveis, de Victor Hugo, e Um Deus em Ruínas, de Kate Atkinson.

A Gradiva vai editar Uma noite, Markovitch, um romance da autora israelita Ayelet Gundar-Goshen onde os factos históricos e a ficção se misturam nas vésperas da Segunda Guerra Mundial. Hoje estarás comigo no paraíso, o novo romance de Bruno Vieira Amaral sobre o assassínio do primo João Jorge (morto no bairro em que ambos viviam no início dos anos 80), vai sair pela Quetzal que, em abril, irá ainda publicar A brecha, de João Pedro Porto.

Na Bertrand, o mês ficará marcado pelo lançamento de Mais poderosa do que a espada, um bestseller de Jeffrey Archer, e de O rapaz perverso, de Kate Summerscale, um dos livros do ano para o The Guardian e para o Sunday Times. A Tinta-da-China vai publicar A Guerra de Samuel e Outros Contos, um livro póstumo de Paulo Varela Gomes com uma novela e sete contos.

A Minotauro vai lançar O Homem Que Duvidavam, de Ethan Canin. Bestseller do The New York Times e um dos melhores livros de 2016 para a Amazon, em O Homem Que Duvidava, Canin explora a natureza do génio, narrando a história de uma família na qual a “ambição caminha de mãos dadas com a destrutividade”, de acordo com a editora. Pela Alfaguara vai sair Canção Doce, de Leila Slimani, vencedora do Prémio Goncourt em 2016.

A Dom Quixote vai publicar Contos, um volume que reúne todos os contos de Miguel Torga (incluindo os livros Rua, de 1942, e Pedras Lavradas, de 1951), A Arte do Romance, de Milan Kundera, e ainda O Segredo de Joe Gould, de Joseph Mitchell, um livro elogiado por autores como Salman Rushdie, Julian Barnes, Martin Amis e Doris Lessing.

No dia 5 de abril chega às livrarias Sombras e Falésias, do poeta romano Dinu Flamand, publicado pela Guerra & Paz. O livro foi publicado por sugestão de António Lobo Antunes, autor do prefácio que o acompanha. Flamand passará por Portugal no dia 6 de abril para apresentar Sombras e Falésias na Bertrand do Picoas Plaza, pelas 18h30. Na sessão participarão também Lobo Antunes e Helena Carvalhão Buescu.

“Isto é Grande Poesia, sem uma baixa, uma falha, um tropeço. Um livro em torno da morte da mãe, com um pudor e uma contenção admiráveis. Um Requiem majestoso”, escreveu Lobo Antunes no prefácio.

A Assírio & Alvim vai publicar uma nova edição das Poesias Completas de Alexandre O’Neill. Organizado e posfaciado por Maria Antónia Oliveira e revisto por Luis Manuel Gaspar, o volume reúne toda a poesia publicada do poeta, mas também sete inéditos localizados em espólios e 42 textos dispersos em jornais, revistas, discos e catálogos de arte. Chega às livrarias a 6 de abril.

A editora vai ainda lançar em abril uma nova edição do O Épico de Gilgamesh, com uma tradução erudita, introdução e aparato crítico de Francisco Luís Parreira, e de O Medo, volume que reúne toda a poesia de Al Berto. Este mês irá ainda sair Obra breve, a poesia reunida de Fiama Hasse Pais Brandão.

Pela Cotovia, vai sair É agora como nunca. Antologia incompleta da poesia contemporânea brasileira, organizada por Adriana Calcanhotto. A Tinta-da-China vai publicar a edição crítica da Poesia Completa de Mário de Sá-Carneiro, uma edição de Ricardo Vasconcelos. A Dom Quixote vai editar O Mito de Europa, um livro de poesia de Nuno Júdice.

No seguimento da publicação das obras de Vinicius de Moraes, a Companhia das Letras vai publicar em abril Livro de Letras, que reúne algumas das mais marcantes letras do poeta “que modernizou a música popular brasileira”, nas palavras da editora. O livro inclui ainda ensaios de especialistas na sua obra e uma crónica de Alexandre O’Neill, que conheceu Vinicius de Moraes em janeiro de 1969, quando este esteve em Portugal.

A História de Portugal em 40 Objetos, um livro do historiador Sérgio Luís de Carvalho que atravessa vários séculos da história portuguesa através de 40 objetos, que incluem uma caneca de cerveja e uma tigela, vai sair pela Planeta. Em abril, a editora vai ainda editar Traços Fundamentais da Cultura Portuguesa, uma obra de Miguel Real, investigador do Centro de Literaturas e Culturas Europeias e Lusófonas da Universidade de Lisboa, sobre a história, cultura e identidade nacionais.

A Guerra & Paz vai publicar no início de abril Factos e Figuras de Fátima — Um Dicionário, de Helder Guégués, e Dois Povos Ibéricos, do escritor catalão Félix Cucurull. O Último Salazarista, um livro do antigo jornalista do Expresso Orlando Raimundo sobre Américo Thomaz, o último Presidente do Estado Novo, vai sair pela D. Quixote a 18 de abril. Já pela Bookbuilders vai sair História Natural da Estupidez, de Paul Tabori (com introdução de Richard Armour), e A Política como Vocação seguido de A Ciência Como Vocação, de Max Weber (com introdução de Miguel Morgado).

Para este mês, a Gradiva tem agendados os lançamentos de Francisco: Desafios à Igreja e ao Mundo, de Anselmo Borges, um livro que fala sobre os muitos que o Papa Francisco enfrenta, e que coloca à Igreja e aos cristãos, e de Contra a Democracia, de Jason Brennan, uma obra de “leitura essencial para todos os que consideram que a democracia merece ser discutida”, de acordo com a editora. História de Portugal VI — Da Restauração ao Ouro do Brasil, de António Borges Coelho, vai sair pela Caminho.

A Ítaca vai publicar Eichmann em Jerusalém — Uma reportagem sobre a banalidade do mal, uma obra de Hannah Arendt sobre o julgamento de Adolf Eichmann, oficial nazi e um dos responsáveis pelo Holocausto, em Jerusalém, e a Bertrand O homem da nave, um livro de crónicas da Serra da Nave de Aquilino Ribeiro. A Cotovia vai reeditar A angústia da influência, de Harold Bloom. Esta terceira edição revista e aumentada, inclui uma segunda nota do tradutor Miguel Tamen e um prefácio intitulado “A ansiedade da contaminação”, no qual Bloom trata da questão da influência centrando-se em William Shakespeare e no seu precursor principal, Christopher Marlowe.

Para abril, as Edições 70 têm quatro títulos agendados: História da Rússia (com organização de Gregory Freeze), Governar o Mundo, de Mark Mazower, Salazar, o Estado Novo e os Media (com coordenação de de José Luís Garcia, Tânia Alves e Yves Léonard) e O Retornar (com coordenação de Elsa Peralta, Joana Oliveira e Bruno Góis). Os Direitos das Mulheres no Estado Novo, de Helena Pereira de Melo, vai sair pelas Edições Almedina.

Pela editora Elsinore vai sair A Ciência da Juventude, da Prémio Nobel de Medicina Elizabeth Blackburn e da investigadora Elissa, considerado “um dos mais entusiasmantes livros sobre Saúde publicados na última década” por Eric Kandel, e Sapiens: Breve História da Humanidade, uma reedição da famosa obra de Yuval Harari (que já vai na quarta edição). A Casa das Letras vai publicar Amália — A Ressurreição, de Fernando Dacosta, um livro de memórias em torno de Amália e das personagens que a inspiraram e com quem conviveu.

A Tinta-da-China vai lançar A Guerra Civil em Angola. 1975-2002, de Justin Pearce. A obra é a primeira grande investigação sobre a Guerra Civil em Angola e inclui um prefácio de Rafael Marques. Chega às livrarias a 13 de abril. Pela mesma editora vai ainda sair em abril O Sol Bailou ao Meio-Dia: a Criação de Fátima, de Luís Filipe Torgal, e Autocolantes das Organizações da FUR — Frente de Unidade Revolucionária, um novo volume da coleção “Ephemera” de José Pacheco Pereira.

No dia 19 de abril, chega às livrarias Se Beethoven Pudesse Ouvir-me, uma viagem pela música clássica por Ramon Gener. A edição é da Objetiva. Este mês, a editora vai ainda publicar O Grande Retrocesso, obra que reúne textos de alguns dos maiores pensadores do século XXI, como David Van Reybrouck e Zlavoj Žižek. Os ensaios abordam temas fraturantes e controversos da atualidade, como o populismo, o autoritarismo, a xenofobia, o Brexit e o fenómeno Trump.

A Caminho vai publicar Olhos Tropeçando nas Nuvens e Outras Coisas Haicais ou Quase, de João Pedro Mésseder com ilustrações de Rachel Caiano. Da Gradiva, mais um volume de O Capitão Cuecas, desta vez sobre a Sensacional Saga do Sr. Fedorovosky. A Booksmile vai editar Matilde, de Mary Katherine Martins e Silva, e João Pé de Feijão e Milady do Seu Coração, onde José Fanha e Mafalda Milhões voltam a virar os contos tradicionais do avesso (já o tinham feito antes, em Memórias de um Lobo Mau).

Pela Orfeu Negro vai sair A Cidade dos Animais, de Joan Negrescolor (ilustrador de Há Classes Sociais), e dois novos livros da coleção “Livros Para o Amanhã” — É Assim a Ditadura, de Equipo Plantel e Mikkel Casal, e Como Pode Ser a Democracia, de Equipo Planel e Marta Pina. Este último foi escrito há quase 40 anos, mas surge agora numa nova edição ilustrada por Marta Pina. A Nuvem de Tinta vai editar Se Eu Fosse Tua, de Meredith Russo, um romance juvenil sobre questões de género.