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Estocolmo. Principal suspeito nasceu no Uzbequistão e era conhecido dos serviços secretos

Este artigo tem mais de 5 anos

Polícia deteve segundo suspeito do atentado de Estocolmo e encontrou explosivos no camião usado para matar quatro pessoas. Principal suspeito é uzbeque. Testemunhas dizem que tentou atingir crianças.

O camião de cervejas embateu contra uma loja movimentada na zona de Drottninggatan, no centro de Estocolmo
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O camião de cervejas embateu contra uma loja movimentada na zona de Drottninggatan, no centro de Estocolmo

Autoridade Policial Sueca

O camião de cervejas embateu contra uma loja movimentada na zona de Drottninggatan, no centro de Estocolmo

Autoridade Policial Sueca

O procurador-geral da Suécia confirma que o principal suspeito do ataque terrorista desta sexta-feira na Suécia é um homem de 39 anos nascido no Uzbequistão. A informação foi confirmada este sábado numa conferência de imprensa. As autoridades também confirmaram que detiveram um segundo suspeito, em Hjulsta, um subúrbio de Estocolmo. Porém, não confirmam que os dois têm ligações ao Estado Islâmico.

A polícia confirmou ainda que encontrou dentro do camião usado para o atentado um “objeto que não deveria estar lá”. De acordo com a televisão pública sueca, a SVT, que cita fontes policiais, trata-se de explosivos. Em conferência de imprensa, as autoridades não confirmam essa informação.

Na sexta-feira, já tinha sido divulgado pelos media suecos que o principal suspeito tinha confessado o crime — mas na conferência de imprensa deste sábado as autoridades também não quiseram confirmar essa informação. De acordo com a versão sueca do site The Local, o suspeito de 39 anos já tem um advogado. “Não estou a defender o crime”, disse Eriksson ao Aftonbladet. “Estou a defender uma pessoa que é neste momento suspeita de ter cometido o crime.”

Na tarde de sexta-feira, um camião de uma marca de cerveja roubado conduziu a alta velocidade em Drottninggatan, uma zona pedonal e comercial do centro de Estocolmo. Morreram quatro pessoas e outras 15 ficaram feridas. Destes últimos, sete já tiveram alta hospitalar. Entre aqueles que ainda estão no hospital, está uma criança.

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De acordo com testemunhos recolhidos por uma rádio sueca, o atacante terá procurado atingir crianças enquanto guiava o camião na direção da multidão na rua pedonal de Estocolmo. Carrinhos de bebé “voaram pelo ar”, refere uma das pessoas que estava no local. O veículo pesado circulava em ziguezague, a condução não parecia descontrolada, o objetivo seria atingir pessoas, refere uma segunda testemunha, um turista australiano ouvido pela agência Reuters.

O autor confesso do atentado terrorista desta sexta-feira em Estocolmo está a ser descrito pelos media suecos como um homem de 39 anos, de nacionalidade uzbeque e simpatizante do autoproclamado Estado Islâmico. Destes elementos, as autoridades suecas apenas confirmam a idade e a nacionalidade. Ainda assim, de acordo com o chefe dos serviços secretos suecos, Anders Thornberg, o homem uzbeque de 39 anos estava referenciado.

Segundo o Ministério Público sueco, o homem é suspeito de “homicídios de natureza terrorista”, tendo entretanto confirmado que a investigação aponta para que seja o condutor do camião de transporte de cervejas. O camião foi roubado para a execução do atentado, que parece ir buscar inspiração aos anteriores ataques feitos com recurso a veículos, a maior parte deles pesados: Nice, Berlim e Londres.

Na manhã deste sábado, o camião foi rebocado.

Primeiro-ministro diz que terroristas “não vão mandas nas nossas vidas”, mas autoridades reagem

Ainda na sexta-feira, o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, reagiu ao incidente, dizendo: “Estamos sob ataque”. Mais tarde, viria a deixar uma mensagem para os terroristas numa conferência de imprensa: “A nossa mensagem será sempre clara: não nos vão derrotar, não vão mandar nas nossas vidas, nunca, nunca vão ganhar”.

No sábado, Stefan Löfven voltou a reiterar essa mensagem inicial: “O nosso país tem uma força que nenhum terrorista, nenhum miserável assassino, nos pode retirar”.

“Não nos vão derrotar, não vão mandar nas nossas vidas, nunca, nunca vão ganhar”, disse o primeiro-ministro da Suécia sobre terroristas (TOBIAS SCHWARZ/AFP/Getty Images)

Apesar desta mensagem do primeiro-ministro, a Suécia tomou medidas preventivas depois do ataque terrorista, aumentando o controlo das fronteiras. Além disso, as autoridades suecas restringiram o tráfego na ponte de Oresund, que liga a Dinamarca ao sul da Suécia.

A polícia de Estocolmo também pediu aos cidadãos para evitarem ir ao centro da cidade. “Queremos apelar ao público para não se deslocar até ao centro de Estocolmo a não ser que seja absolutamente necessário, para poder facilitar o trabalho da polícia durante a investigação”, disse Jan Evesson, o segundo chefe de departamento da polícia da capital sueca.

Este é o primeiro ataque terrorista de grande escala na Suécia. Em 2010, um homem iraquiano fez-se explodir, igualmente no centro de Estocolmo, mas não fez vítimas mortais além do bombista-suicida. Foi também no centro de Estocolmo que o primeiro-ministro Olaf Palme foi morto em 1986, tal como a ministra dos Negócios Estrangeiros Anna Lindh, em 2003. Se se confirmar a afinidade — e não necessariamente a filiação — do principal suspeito do atentado com o autoproclamado Estado Islâmico, este poderá ter sido o primeiro atentado mortal de inspiração islamista a acontecer na Suécia.

O atentado ainda não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista.

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