O príncipe Philip, marido da Rainha Isabel II, vai deixar a vida pública, informou a Casa Real britânica. Os funcionários da Casa Real foram chamados de emergência para um reunião esta manhã no Palácio de Buckingham para ouvirem a notícia.

A Rainha continuará a exercer as suas funções normalmente.

No comunicado oficial emitido pela Casa Real, lê-se que o príncipe Philip, duque de Edimburgo, “decidiu que não irá continuar a levar a cabo compromissos públicos a partir do outono deste ano”. A nota da Casa Real detalha ainda que “o duque tem o apoio total da Rainha”.

“O príncipe Philip vai participar nos compromissos previamente agendados entre agora e em agosto”, lê-se no comunicado. No entanto, o marido de Isabel II “não iá aceitar novos convites para visitas e compromissos, apesar de ainda poder escolher participar em alguns eventos de tempos a tempos”.

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A nota recorda ainda que Philip é patrono, presidente ou membro de mais de 780 organizações, “a que continuará a estar associado”.

Reino Unido. Rainha convocou de emergência todos os funcionários

Philip e Isabel conheceram-se quando Isabel tinha 13 anos e casaram em 1947 na Abadia de Westminster. Na altura, como o Observador recordava neste artigo sobre a vida da Rainha de Inglaterra, a escolha de Isabel não foi consensual, uma vez que Philip era estrangeiro e não tinha um reino nem uma posição financeira favorável.

Ao longo do seu reinado, a Rainha sempre valorizou a opinião do príncipe consorte na sua atividade. “O meu marido tem pura e simplesmente sido a minha força durante todos estes anos e eu devo-lhe uma dívida maior do que aquela que ele alguma vez vai exigir”, disse a Rainha em 2007.

No entanto, o casamento não esteve livre de algumas polémicas, sobretudo de rumores relacionados com a possível infidelidade do príncipe.

A mais recente aparição pública do duque de Edimburgo aconteceu na manhã desta quarta-feira, quando Philip inaugurou um novo recinto de críquete em Londres. Na ocasião, o marido da Rainha referiu-se a si próprio como “o mais experiente corta-fitas do mundo”, numa alusão às numerosas inaugurações para que é convidado.