O cessante líder parlamentar do PSD está a posicionar-se para a liderança no pós-Passos. Luís Montenegro afirmou este sábado, em entrevista ao semanário Expresso, que sente que ganhou “o direito de poder estar no futuro do PSD.” Isto sem nunca enfrentar o atual líder, Passos Coelho, até porque o seu principal objetivo neste momento, confessa, é “ajudar Passos a voltar a ser primeiro-ministro.”

Luís Montenegro, na mesma entrevista, diz que apoiará o atual presidente do partido em qualquer disputa interna até 2019, que até veria como positiva, já que “o PSD não deve ter dúvidas sobre quem é o melhor para liderar o partido nas próximas legislativas“. Pode ser em primárias? Nisso o ainda líder parlamentar não vê “vantagem”, já que no PS foram um “falhanço clamoroso”, mesmo ao nível da mobilização.

Sobre Passos Coelho, Montenegro lembra que o líder do PSD teve “humildade para pedir desculpa” por falar nos suicídios que teriam ocorrido na sequência da tragédia de Pedrógão (que se revelaria uma informação falsa), destacando que isso “não enfraquece um político, engrandece um político”. Quanto ao facto de Passos ter utilizado um texto de Poiares Maduro num debate do Estado da Nação colocou o assunto ao nível do “fait-divers”.

Montenegro falou ainda na entrevista ao Expresso das viagens ao Euro 2016, voltando a reforçar que o seu caso é diferente dos secretários de Estado porque não tem “funções executivas”, por que não foi convidado nem aceitou viagens de nenhuma empresa. “Não devolvi nada, simplesmente paguei o serviço que me foi prestado”, referiu.

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