Os investigadores ainda não encontraram qualquer ligação entre o autor do ataque que causou dois mortos no domingo em Marselha (sudeste de França) e o grupo extremista Estado Islâmico, disse hoje fonte próxima do inquérito.

Ataque à faca faz dois mortos em gare de Marselha. Autoridades investigam terrorismo

A organização sunita radical reivindicou o ataque junto à principal estação ferroviária de Marselha, indicando ser um “soldado do Estado Islâmico” o atacante que esfaqueou mortalmente duas jovens, antes de ser abatido.

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Estado Islâmico reivindica ataque com faca em Marselha

Esta segunda-feira, o procurador encarregado do inquérito revelou que o atacante tinha sido detido dois dias antes em Lyon (sudeste) por roubar numa loja. O homem foi sinalizado em “sete ocasiões sob sete identidades diferentes” por crimes de delito comum, declarou o procurador François Molins numa conferência de imprensa.

Quando esteve sob custódia na última vez “apresentou um passaporte tunisino de 18 de novembro de 2014 em nome de Ahmed H., nascido a 9 de novembro de 1987 em Bizerte, na Tunísia”, precisou.

O homem afirmou “viver em Lyon, sem domicílio fixo e sem emprego”, bem como que era “divorciado” e “consumidor de drogas duras”, adiantou. Está a ser investigada a autenticidade do passaporte que o homem tinha consigo no momento do ataque em Marselha.

Esta identidade e os diferentes nomes utilizados são desconhecidos dos serviços antiterroristas”, disse ainda Molins.

O procurador confirmou que, segundo várias testemunhas, o atacante gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande) antes de esfaquear as jovens.

As vítimas são duas primas de 20 anos, uma das quais estudava medicina em Marselha e a quem a outra tinha vindo visitar, segundo fontes próximas do dossier.