Para a Renault e para o seu líder Carlos Ghosn, o céu é o limite. Pelo menos, em matéria de crescimento. A marca francesa revelou o seu plano industrial para os próximos anos, e nele vem expresso que o objectivo passa por incrementar a facturação para os 70 mil milhões de euros por ano, com margens operacionais de 7%, em vez dos actuais 5%. Para esta meta ser atingida, há que aumentar o volume de vendas dos 3,7 milhões, registados em 2016, para uns bem mais expressivos 5 milhões, o que representa um incremento de praticamente 40%.
Um crescimento de vendas desta ordem de grandeza implica necessariamente ampliar a gama, dotando-a de um maior número de veículos, não só automóveis como veículos comerciais, tanto a gasolina e diesel, como igualmente eléctricos. Assim, a Renault prepara-se para lançar 21 novos modelos, que vão favorecer a oferta na Europa, mas também nos BRIC, na Rússia e na China.
Para Europa, bem mais interessante é a decisão de aumentar a oferta nos eléctricos, que em matéria de automóveis está limitada ao Zoe, gama que em breve crescerá até aos oito modelos.
O número de híbridos – em que a marca apostou recentemente, apresentando versões mild hybrid, projecto já abandonado – vai ser alargado, oferecendo um total de 12 modelos distintos. Também vai existir um forte investimento da Aliança nos veículos conectados (que se vai alargar a toda a gama europeia), bem como nos veículos autónomos, com a Renault a prever apresentar até 15 modelos capazes de se conduzirem sozinhos.
Tudo isto só é possível graças à partilha de tecnologia, motorizações, baterias e plataformas com os restantes parceiros da Aliança Renault-Nissan, que inclui também a Mitsubishi, apontando para umas vendas globais de 14 milhões de unidades, número que colocaria a Aliança na liderança do mercado mundial.