Em entrevista à CNN, um diplomata do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano deixou um aviso à comunidade internacional: deve ser levada muito a sério a possibilidade de haver um teste nuclear atmosférico sobre o Oceano Pacífico.

“O Ministro dos Negócios Estrangeiros [MNE] está bem a par das intenções do nosso líder supremo, por isso acho que devem levar a sério aquilo que ele diz”, afirmou Ri Yong Pil na passada quarta-feira. Esta afirmação surge depois de há cerca de um mês, Ri Yong Ho (o MNE) ter dito que Pyongyang estava a considerar realizar “a mais poderosa detonação” de uma bomba de hidrogénio sobre o Pacífico.

Esta chamada de atenção surgiu depois de Donald Trump ter avisado que os EUA “destruiriam completamente” a Coreia do Norte, caso estes os ameaçassem belicamente.

Ainda na semana passada Mike Pompeo, o diretor da CIA, afirmou que a Coreia do Norte poderia estar a meros meses de conseguir atingir os EUA com uma arma nuclear. Donald Trump deverá visitar a Ásia na próxima semana e é expectável que tente com esta deslocação exercer uma pressão acrescida sobre Kim Yong Un, para que este abdique do seu programa nuclear. Ainda não é certo que Trump visite a zona desmilitarizada da península coreana.

Apesar do cariz bélico de muitos dos discursos de Trump e das várias ameaças já feitas a Pyongyang, representantes da Casa Branca continuam a insistir que o executivo não desiste de procurar uma solução pacífica para o conflito.

Por muito que afirmações deste tipo sejam de louvar, a verdade é que segundo relatórios da marinha norte-americana, continuam a haver movimentações militares dos EUA nos oceanos Índico e Pacífico. Recentemente, o porta-aviões Nimitz aproximou-se destas zonas, juntando-se assim a outros dois navios seus semelhantes — o Ronald Regan e o Theodore Roosevelt.

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