A Itália, que atualmente assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, pediu esta quarta-feira à comunidade internacional “uma reação firme e coesa” depois da Coreia do Norte ter disparado um novo míssil balístico intercontinental.

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A poucas horas de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para debater o dossiê norte-coreano, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Angelino Alfano, considerou o disparo do novo míssil, conhecido na terça-feira mas realizado já era quarta-feira na Coreia do Norte, como uma “séria ameaça” para a paz e para a segurança internacional.

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Perante o Conselho, Itália “irá intervir a título nacional para reafirmar a condenação do lançamento de um míssil balístico norte-coreano e a necessidade de uma reação firme e coesa da comunidade internacional”, disse o chefe da diplomacia italiana, confirmando que o Comité de Sanções irá analisar as resoluções até hoje aplicadas ao regime de Pyongyang.

Para Angelino Alfano, este último disparo “é uma clara violação das múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e uma séria ameaça para a estabilidade regional, para a paz e para a segurança internacional”.

Perante tal cenário, Alfano defendeu a decisão que tomou em outubro passado quando não aceitou a carta de credenciais do embaixador norte-coreano em Roma.

“Itália vai continuar a fazer a sua parte para uma resposta firme e coesa a nível europeu e internacional”, reforçou.

Ainda na Europa, a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Margot Wallstrom, afirmou que este novo teste balístico norte-coreano é “uma ameaça crescente para a paz global e para a segurança”.

Já na rede social Twitter, a ministra sueca escreveu: “Isso deve parar. O diálogo é o único caminho a seguir”.

Também no Twitter, o primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Loekke Rasmussen, que está a realizar uma visita à Indonésia e a Singapura, condenou nos termos mais fortes o disparo norte-coreano e encorajou a “sociedade internacional a permanecer unida”.

Na Lituânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Linas Linkevicius, classificou o recente teste balístico como “outro ato de loucura do regime criminoso da Coreia do Norte”, acrescentando que “a continuação firme de uma máxima pressão internacional é uma obrigação absoluta para acabar com tais provocações”.

Este novo teste balístico norte-coreano foi o primeiro dos últimos dois meses e meio e foi autorizado e testemunhado pessoalmente pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

De acordo com o Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano), o míssil realizou um voo de mil quilómetros, o mais extenso até hoje.

Tóquio, Seul, Washington, Moscovo e Paris foram algumas das primeiras vozes internacionais a condenarem o novo teste balístico norte-coreano.