A ADSE, subsistema de saúde de funcionários e pensionistas do Estado, admite ajustar os valores propostos a pagar pelos atos médicos privados. Mas para tal, a outra parte terá de mostrar disponibilidade para corrigir algumas práticas como as que conduzem a atos sem razão clínica. A abertura foi transmitida pelo presidente da ADSE, Carlos Liberato Batista, em declarações ao Diário de Notícias. “Algumas destas práticas não têm razão crítica e se houver disponibilidade para as corrigir podemos ver”.

A ADSE quer rever os preços pagos aos prestadores privados para ultrapassar uma situação de insuficiente cobertura de custos por receitas, que levaria o sistema a apresentar um saldo negativo este ano. Os novos preços deverão entrar em vigor no dia 1 de março.

No final do ano passado, a administração do sistema de saúde também propôs um aumento dos valores pagos pelos beneficiários pelas consultas, mas esta propostas não passou no conselho geral e de supervisão. Foi a este órgão da ADSE que a administração justificou a necessidade desta revisão com a dupla finalidade de melhorar a qualidade da rede e serviços prestados e controlar os custos.

A instituição pretende que a nova tabela para atos médicos permita um corte de 42 milhões de euros aos montantes pagos aos operadores privados, que se mostraram já contra esta intenção, com alguns a ameaçar abandonar o sistema de saúde.

Preços que ADSE paga são “absolutamente escandalosos” por alguns atos médicos

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