Praias de 19 municípios afetadas pelo mau tempo vão receber obras de proteção e valorização financiadas por verbas comunitárias, no total de 15,5 milhões de euros, informou o Ministério do Ambiente.
O concurso extraordinário, promovido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE), vai permitir a realização de trabalhos na costa, totalmente financiados, nos concelhos de Alcobaça, Almada, Cascais, Espinho, Leiria, Lourinhã, Mafra, Marinha Grande, Matosinhos, Ovar, Peniche, Póvoa do Varzim, Sintra, Torres Vedras, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
“Após a informação aos municípios, o processo seguirá o seu curso normal, podendo as câmaras municipais iniciar os trabalhos em breve”, refere o MAOTE, em resposta a questões da agência Lusa.
Os projetos das autarquias aprovados “serão financiados a 100% por fundos comunitários e resultam da candidatura dos territórios mais afetados pelos fortes temporais do último inverno”, explica o Ministério liderado por Jorge Moreira da Silva.
O MAOTE acrescenta que as propostas de intervenções na costa respeitam a apoios “num valor total de 15,5 milhões de euros, ao abrigo do Programa Operacional Valorização do Território (POVT)”.
Além das intervenções aprovadas naqueles municípios, tiveram também resposta positiva as candidaturas do Programa Polis da Costa da Caparica (Almada) e Polis Litoral Norte (Caminha, Esposende e Viana do Castelo), que vão ter financiamento a 85%, elevando para 19 o número de autarquias abrangido pelas ajudas.
O concurso foi lançado em fevereiro e recebeu propostas até 15 de março, mas já desde janeiro tinha sido realizado o levantamento das situações de estragos e mudanças nos perfis das praias, devido ao mau tempo.
O processo envolveu, além do Governo, as autarquias, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as Administrações das Regiões Hidrográficas e as Sociedades Polis.
O início de 2014 foi marcado por tempestades frequentes e intensas, semanas consecutivas de perturbação atmosférica e agitação marítima forte, com galgamentos do mar em vários pontos do litoral.
“Este foi um inverno muito rigoroso e, havendo evidências que o futuro poderá ser semelhante, é fundamental que mantenhamos a prioridade de encontrar a melhor estratégia para proteger pessoas e bens e, também, para valorizar e preservar o nosso litoral, um dos principais ativos nacionais”, salienta o ministro, citado na informação.
O início do ano foi marcado por tempestades frequentes e intensas, semanas consecutivas de perturbação atmosférica e agitação marítima forte, com galgamentos do mar em vários pontos do litoral e consequente destruição de sistemas de proteção e de estruturas instaladas na linha da frente da orla costeira, como bares de praia.
A juntar-se a este concurso, estão a decorrer outras intervenções no litoral, coordenadas pela APA e pelo Programa Polis Litoral.
O mau tempo provocou estragos em muitas praias distinguidas com a bandeira azul, mas o presidente do programa que gere os galardões já afirmou estar previsto um alargamento excecional do prazo para o hastear da bandeira em locais contemplados e que estão a ser intervencionados.
São 12 as praias que viram atribuída este ano a bandeira azul e têm agora o galardão condicionado à realização de uma série de obras e outras intervenções relacionadas com o acesso, a segurança e os apoios de praia.