O Papa Francisco chegou ao início da manhã a Belém (Cisjordânia), segunda etapa da sua visita à Terra Santa, onde celebrará, ao final da manhã, uma missa para uma multidão.
De acordo com o Le Monde, Francisco – em reunião com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas – terá pedido a israelitas e palestinos que escolham “um êxodo feliz até à paz” e que tenham “a coragem da paz”. “Está na hora de pôr fim a uma situação que se tornou cada vez mais inaceitável – para o bem de todos”, disse o Papa, que reconheceu o “direito dos dois estados a existirem e a desfrutar da paz e segurança dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas.”
O helicóptero militar jordano que transportou o pontífice de Amã aterrou às 9h30 locais (6h30 em Lisboa) perto do campo de refugiados palestinianos de Dheisheh, de onde Francisco seguiu para a sede da presidência para se reunir com Mahmud Abbas.
O Papa dirige-se neste momento para a praça da Manjedoura, onde celebrará a maior missa da visita à Terra Santa, para cerca de 9 mil pessoas. No caminho, Francisco quebrou o protocolo e, junto ao muro que separa Israel da Palestina, pediu para descer do Papamobile, como relata a enviada especial do Le Monde à Terra Santa.
#pape #Bethleem Imprévu: le pape fait 1 détour pour voir le mur de séparation et descend de la papamobile pour marcher le long de l'ouvrage
— Stéphanie Le Bars (@SLeBars) May 25, 2014
Francisco vai também rezar em privado na gruta da Natividade e fazer uma refeição com famílias pobres, com a ‘agenda’ a compreender ainda uma etapa no campo de refugiados palestinianos de Dheisheh.
À tarde inicia a visita a Jerusalém, onde se vai encontrar com os patriarcas católicos e ortodoxos na basílica do Santo Sepulcro, onde está, de acordo com a tradição, o túmulo de Cristo, para uma oração comum, sem precedentes.
No último dia, deslocar-se-á à Esplanada das Mesquitas, Cúpula do Rochedo (Grande Mesquita de Jerusalém) e ao Grande Conselho dos Muçulmanos, ao Muro das Lamentações, onde deixará uma mensagem e no cemitério do monte Herzl (do nome do fundador do sionismo Theodor Herzl) uma coroa de flores – uma estreia para um papa.
Uma missa no Cenáculo, local da Última Ceia de Cristo, vai concluir a viagem, num local onde se encontra também o túmulo do rei David.