Um “manifesto contracorrente” e uma “resposta corajosa” ao desafio de “manter conteúdo jornalístico online de qualidade e original apenas com receitas provenientes da venda de espaço publicitário”. É assim que o site brasileiro Observatório da Imprensa apresenta o projecto do Observador.

O texto, escrito por Ivan Satuf, jornalista e mestre em Comunicação Social, considera ainda que um dos trunfos o Observador é “desvincular-se dos grandes grupos mediáticos”, elogiando a opção de divulgar o nome de todos os acionistas “para não dar margem a especulações”.

E prossegue: “Talvez a única ligação direta com a ‘velha mídia’ seja o local escolhido para alojar a redação, o mesmo prédio no tradicional Bairro Alto, em Lisboa, onde funcionou o extinto vespertino Diário Popular. Sob os escombros do passado surge a tentativa de erguer novas estruturas sem perder a essência do jornalismo: rigor com a informação, compromisso com o leitor e defesa dos princípios éticos.”

Depois de explicar o conceito do Observador, o artigo discute a hipótese de este projecto simbolizar a migração do digital first – em que se publicam as notícias primeiro online e depois estas são desenvolvidas no papel – para o digital only – em que tudo é feito em suporte digital, sem necessidade de pensar no papel ou no noticiário das 20h.

O Observatório da Imprensa é uma organização não-governamental brasileira que tem como objectivo analisar o comportamento dos órgãos de informação. Nasceu por iniciativa do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas.

 

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