Jorge Coelho, o ex-ministro de António Guterres que teve o controlo da máquina política do PS nos anos 90, não vai tomar partido na atual crise política do PS. “Não vou voltar à vida política, por isso não vou fazer declarações”, disse apenas ao Observador.

Coelho, porém, esteve muito próximo de António José Seguro nos últimos meses, na preparação do Novo Rumo, que o líder socialista criou para lançar as bases programáticas do próximo Governo socialista (cujas linhas gerais foram apresentadas antes das europeias).

No final de abril, já em pré-campanha, Coelho fez um intervenção quente, em defesa de Seguro e de forte crítica ao Governo. “Temos de ganhar as eleições europeias custe o que custar. Uma vitória nas europeias será a inversão do ciclo em Portugal”, declarou, numa intervenção em que acusou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de não ter cumprido as suas promessas eleitorais. Nesse jantar, Coelho ainda disse que “o PS estará mobilizado”, elogiando a capacidade de “resistência” de António José Seguro perante “incompreensões permanentes”.

Antes da crise interna, Coelho (que é amigo dos dois socialistas) chegou a apostar em António Costa para as presidenciais de 2016 – sendo claro que apostava em Seguro para próximo primeiro-ministro.

 

 

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