O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) defendeu esta segunda-feira a livre circulação de pessoas, bens e serviços nestes países, além da livre transferência de capitais para melhorar as economias nacionais.
“A livre circulação de bens, pessoas e serviços, e a livre transferência de capital entre os nossos países tornaria mais fácil gerar negócios e aumentar as economias”, disse Salimo Abdula, argumentando que, como “o empresariado pede”, bastaria haver “vontade dos políticos para haver um real desenvolvimento das economias de todos e que nos levariam a ser uma das maiores forças a nível internacional”.
Durante o discurso de abertura do primeiro encontro de bancos, seguradoras e instituições financeiras dos países da CE-CPLP, que decorre esta segunda-feira em Lisboa, Salimo Abdula retomou a ideia já defendida várias vezes durante o seu mandato, para sublinhar que este será “um dos principais trabalhos” duma nova comissão especializada.
No âmbito da criação da união de bancos, seguradoras e instituições financeiras, “vai ter como principal trabalho melhorar os procedimentos para facilitar a criação de empresas e promover a melhoria do financiamento das economias do nosso espaço lusófono”.
Se isto for conseguido, “não há razão para não abrir as fronteiras”, concluiu o representante dos empresários lusófonos.
Durante o discurso, Salimo Abdula anunciou ainda que a Guiné Equatorial entrará, enquanto associada, na CE-CPLP já na quarta-feira, nas cerimónias de comemoração do décimo aniversário da entidade que reúne os empresários lusófonos.
Outra das novidades apresentadas por este responsável foi a da realização de um Fórum Económico em Luanda, a 16 e 17 de julho, para “fortalecer e dinamizar ainda mais o imprescindível e necessário desenvolvimento económico nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), incluindo a Guiné Equatorial como recém associdada da CE-CPLP”.
Os objetivos oficiais do encontro são, de acordo com o programa oficial distribuído, promover o financiamento às economias e ao desenvolvimento, concretizar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e transferências de capitais, melhorar os procedimentos para a criação de empresas, criar mecanismos de mediação de conflitos, implementar a diplomacia económica, criar a comissão instaladora da União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras dos Países da CPLP e criar a comissão especializada da CE-CPLP nesta área.