O Presidente norte-americano, Barack Obama, declarou hoje que “vemos um decréscimo contínuo nas despesas militares, e isso deve mudar”. O chefe de Estado norte-americano falava na capital polaca, lamentando os cortes aplicados na Europa ao nível da despesa militar devido à crise económica.
Obama afirmou que, salvo algumas exceções como a Polónia, os países europeus não têm feito a sua parte do trabalho no seio da aliança, facto que ficou exposto na crise ucraniana. “Querem ser membros plenos quando se trata da sua defesa, o que significa que também têm de ser [membros plenos] quando é preciso contribuir. É uma questão inseparável”, afirmou Obama, em conferência de imprensa.
O Presidente norte-americano sublinhou que a NATO foi a “pedra angular” da segurança dos Estados Unidos, ressalvando, no entanto, que o país “não pode fazer isso sozinho”. “Temos de assegurar que todos que são membros plenos da NATO têm uma associação de forma plena”, reforçou.
Obama falava numa conferência conjunta com o Presidente polaco Bronislaw Komorowski, o qual anunciou hoje que, dada a nova situação em matéria de segurança após a anexação da república autónoma da Crimeia pela Rússia, o Governo de Varsóvia decidiu aumentar as suas despesas de defesa para 2,0% do Produto Interno Bruto (PIB) contra os atuais 1,95%.
O líder norte-americano iniciou hoje na Polónia um pequeno périplo europeu, que também irá passar pela Bélgica e por França.