Os governos da Austrália e da Malásia vão discutir hoje, em Camberra, os custos da próxima fase das operações de busca pelo avião da Malaysia Airlines, que desapareceu a 08 de março com 239 pessoas a bordo.
A Austrália canalizou cerca de 90 milhões de dólares australianos (62 milhões de euros) para a operação, considerada a mais cara da história da aviação.
A grande parte dos fundos (cerca de 60 milhões de dólares) foi aplicada na busca submarina realizada no Índico, enquanto 25 milhões foram utilizados nas buscas à superfície realizadas pelas forças de Defesa, indicou o chefe da operação coordenada pela Austrália, Angus Houston, em entrevista à televisão ABC.
Segundo Angus Houston, o financiamento ainda deve ser negociado com outros países, incluindo a Malásia, cujo Governo indicou ter gastado, até ao momento, cerca de 8,7 milhões de dólares (6,4 milhões de euros).
O vice-ministro da Defesa da Malásia, Abdul Rahim Bakri, disse esperar que a Austrália assuma metade das despesas da próxima fase das operações, de acordo com a agência AAP.
As autoridades redefiniram, na semana passada, a zona de buscas no Índico, depois não ter sido encontrado qualquer vestígio do avião ao fim do rastreio de uma área de 4,64 milhões de quilómetros quadrados numa zona do oceano que foi delimitada em torno do espaço onde foram detetados, em abril, sinais acústicos semelhantes aos emitidos pelas caixasa negras dos aviões.
O avião da Malaysia Airlines partiu a 08 de março de Kuala Lumpur rumo a Pequim, onde deveria ter aterrado cerca de seis horas mais tarde.